O cara não simplesmente deu uma força; fez um balanço do Galo e do Cruzeiro em 2009 com toda coerência que o assunto merece e eu, infelizmente, não consegui usar tudo que ele escreveu no VSF - não pense em 'vai se fuder, hein? Ó o respeito. Por isso tá aí, na integra, o que Leo Gomide tem a dizer - e eu a concordar - sobre a temporada 2009 de Atlético e Cruzeiro.
"Uma gangorra! Assim pode ser definida a temporada do futebol mineiro em 2009, e é claro, observando somente as duas maiores forças do estado: Atlético e Cruzeiro.
No início do ano, o Galo apostou novamente no trabalho do técnico Emerson Leão, e se deu mal! Logo no primeiro clássico do ano, o ex-arqueiro, ainda que com um time em formação, e diga-se de passagem, com jogadores bastante questionáveis, levou uma sonora goleada do arqui-rival: 4x2, no Torneio de Verão, no Uruguai.
Já o time celeste, vinha com a base formada, e com ela fez um brilhante primeiro semestre, levando o título do Campeonato Mineiro, e amargando o vice-campeonato da Copa Libertadores da América, onde
buscava o tri-campeonato.
A perda da competição sulamericana fez com que o time da Toca caísse sensivelmente de produção ao longo do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Perdeu Ramires, ótimo atleta, e ponto de equilibrio da equipe do técnico Adilson Batista. Este, que por sinal, pode ser considerado como um dos melhores técnicos do Brasil na temporada passada, senão o melhor. Além de ter levado o Cruzeiro à final da Libertadores, e mesmo que nos detalhes tenha perdido a mesma para o Estudiantes, reergueu a Raposa no Brasileirão.
Aí encontramos a tal 'gangorra'. Enquanto o Galo inflamava sua Massa com uma campanha avassaladora no Brasileirão, sob a batuta do treinador Celso Roth, o Cruzeiro caia pelas tabelas, e ainda no primeiro turno, o termo "G4" não fazia parte do vocabulário cruzeirense. O Altético dava sinais que, enfim, faria a torcida alvinegra ter o gosto da conquista novamente, mas numa queda de produção abrupta, 'guardou' uma vaga na Copa Libertadores da América para o seu maior rival. Um pouco pela falta de qualidade do elenco, erros em contratações, e perda de comando do técnico Roth.
Como dizemos no 'mineirês, "comendo pelas beradas" o Cruzeiro veio subindo na tabela, e na última rodada chegou à zona de classificação para a principal competição sulamericana. A alternância de momentos dos dois maiores de Minas refletiu-se na escolha dos atletas para o Troféu Telê Santana. Como o Galo, que sucumbiu nos momentos decisivos ao longo de 2009, poderia formar a base desta Seleção? Impossível.
Por mais que a temporada alvinegra tenha sido surpreendente, primeiro ano do presidente Alexandre Kalil como mandatário, o Galo, em 2009, resumiu-se a um nome: Diego Tardelli. No resto, muita vontade, pouca produtividade. Assim, a supremacia azul tornou-se totalmente justificável.
Lá de cima, o mestre Telê Santana, deve torcer o nariz pela hegemonia azul nos últimos dois anos.
Paciência! Mexa-se, Galo!"
Tudo que o Leo falou eu assino embaixo.