sábado, 27 de junho de 2009

I wanna rock 'n roll all night and party every day! ♫

Essa música do Kiss resume fácil o que eu escrevi em milhares de caracteres respondendo uma pergunta que eu vi no site da revista Ragga. A Ragga tá comemorando 4 anos e lançou uma promoção para os leitores sobre qual foi o aniversário mais esperado da vida. A minha resposta foi uma ótima oportunidade de explicar porque eu tenho essa mania de comemorar tanto o meu aniversário ao longo do ano.

Para quem gosta dos meus textos gigantescos, esse post tá um prato cheio. Quem não é fã da minha empolgação pra escrever, passa depois. Já aviso adiantado os temas dos próximos textos. Atendendo à pedidos, vem coisa aí sobre Twitter, traição masculina e a liderança do meu Galo mais lindo do mundo no Brasileirão. Quem já cansou em dois parágrafos, até logo. Mas se for continuar, não esqueça de deixar parabéns nos comentários. =]

"De ano em ano, no dia 19 de novembro eu comemoro mais 365 dias de vida. Até então, já rolaram 20 festinhas bacanudas e todas foram extremamente esperadas. Seria muito clichê responder que o meu aniversário de 18 anos foi o que me causou mais ansiedade. Na verdade, não foi. E eu continuei fazendo as mesmas coisas que fazia antes, só que ouvindo a piadinha ''Agora você pode ser presa!'' Não que meu comportamento precise de ser controlado por punição policial, mas essa piada ridícula é tão inevitável quando se faz 18 anos quanto ouvir ''É pavê ou pacumê'' nas festas de família.

Ao meu ver, comemorar 1 ano de vida em 1 dia de festa é completamente impossível. Juscelino Kubitschek life style de 50 anos em 5 não rola pra aniversário. Mesmo porque você não passa o dia todo comemorando. Tem a parte que você está dormindo, por exemplo. Chutando baixo e com otimismo, o aniversariante acorda às 7 da manhã para ir pra aula ou pro trabalho. Temos aí 17 horas restantes de comemoração. Aí vem o tempo gasto no deslocamento, seja de carro ou de ônibus e nas atividades de rotina, como almoçar e tomar banho, por exemplo.

O motorista do carro ao lado não vai descer enquanto o sinal estiver fechado pra te dar um abracinho camarada. E eu duvido que alguém entre no ônibus dizendo ''Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando. Mas não! Estou aqui humildemente fazendo aniversário. Gostaria de oferecer a vocês a chance de me dar um abraço. Agradeço a atenção de todos, fiquem com Deus.'' Enquanto a gente come, se tiver alguém conosco e se essas pessoas tiverem boa educação, os nossos acompanhantes não falam de boca cheia. Portanto nada de ouvir ''Parabéns!'' nas refeições. Banho dispensa comentários. Amo vocês amigos, mas podem deixar que eu esfrego minhas costas sozinha, tenho uma bucha com cabinho que minha tia me deu.

Porra, que horas vem a comemoração então? Normalmente a gente só corre literalmente pro abraço no fim do dia. 7, 8, 9, 10 horas da noite em tal lugar a galera se reune pra comemorar o dia do seu aniversário. Ah! Por favor, né? Isso é exatamente como um torcedor chegar ao estádio para assistir o jogo aos 48 do segundo tempo. A comemoração acaba ficando com o que sobrou do dia. E não me venham com aquela história de gente bêbada e chata que diz ''se eu ainda não dormi, ainda é hoje'' quando dá meia noite. Queridos amigos egocêntricos que acham que o calendário do mundo vai de acordo com horário que bate sono em vocês: acordem pra vida!

Minha saída para as poucas horas do dia que me restam para comemorar meus anos em festa - eu e esse meu vício com trocadilhos baratos - é comemorar toda vez que eu vou para algum lugar legal. Chego no lugar e falo que é meu aniversário, meus amigos cantam parabéns pra mim, recebo vários abraços de pessoas cheirosas, os garçons me atendem com mais sorrisos que o normal, afinal aniversariante tem essas mordomias e pronto, fico feliz. É meio que comemoração parcelada, em doses homeopáticas.

Quinta passada fui ao show do Zoom Bee Doo - projeto paralelo dos caras do Tianastácia. MUITO bom, recomendo! - no Estúdio B. Quando o Podé perguntou ''quem tá fazendo aniversário aí?'' eu gritei EEEUUU mais alto que os aniversariantes reais. Resultado: subi no palco, pedi música, sambei ao som de 'Eu bebo sim', fiquei chegada dos outros dois aniversariantes, Bárbara e André, e me diverti horrores com os caras da banda.

O detalhe é que no último show dos caras que eu fui, eu fiz a mesma exata cena de aniversariante empolgada. Recebi a mesma atenção e comemorei do mesmo jeito. Claro que no fim das contas eu acabo contando que meu aniversário é em novembro e todo mundo cai na minha pele me chamando de picareta, canalha, cafajeste e similares. Sábado passado no show do U2 MG também no Estúdio B, foi a mesma coisa. Quatro músicas dedicadas a mim e um belo ''a sua cara não queima?'' dito pelo vocal da banda, Marcelo Antunes, no final.

A resposta que eu não canso de dar pra quem me pergunta porque eu tenho esse Transtorno Obcessivo Compulsivo por aniversário, além da justificativa de que um dia é muito pouco pra um ano, é simples. Quer coisa melhor que comemorar a vida? Tô aí, estudando o que gosto pra trabalhar no que quero, trabalhando num lugar legal que me dá dinheiro pra eu me divertir nos finais de semana, saindo com meus amigos nos finais de semana para curtir a companhia deles e assim sucessivamente. Será que eu realmente deveria esperar 364 dias pra celebrar as coisas pelas quais eu agradeço pelo menos duas vezes por dia, assim que acordo e antes de dormir?

O meu aniversário mais esperado é sempre o final de semana seguinte. Porque o negócio é comemorar a vida."

"Celebrate we will 'cause life is short but sweet for certain!''
Dave Matthew's Band - Two Step

2 comentários:

  1. Eeehhhhhh...........

    Feliz aniversário!!! E essa alegria estampada no peito sempre.

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  2. PTQ! Foi um dos seus melhores viu Jú! temso mais que comemorar a vida mesmo, afinal, dia 21 de dezembro de 2012 está chegando! beijos!

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