sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Orgulho do papai

Como havia dito no post anterior, minha próxima aparição aqui seria pra falar sobre o Glorioso. Porém, voltando a falar do meu público fiel e foda, li no blog de outro parceiro de curso e amigo - Jefferson Delbem - coisas a meu respeito que me deixaram bem feliz! Hoje eu vou ser obrigada a ficar 'de altas' da modestia e mudar o assunto da conversa. Amanhã falo do Galo e do Torneio Verano. Ou mais tarde, quem sabe? Por hora, eu vou é curtir minha sessão de massagem numa boa.


A vida inteira eu sempre fui, como dizem minhas amigas, meus amigos e a minha família ''praticamente um homenzinho'', ''um macho meio bicha e de cabelo grande'' e/ou ''a filha do pai''. Eu sempre gostei de ser assim, diferente das outras. Essa pequena grande menina, um pouco muito brava, que leva a sério falar besteiras e que sempre ri de tudo até chorar é mesmo uma combinação estranha de X com Y. Geneticamente eu posso até ser um ser XX. Mas em questões de personalidade, meus caros, eu afirmo e garanto que eu sou predominantemente um Y. Não, não sou lésbica, não tenho bigode, nem a voz grossa, nem trabalho numa borracharia. Muito pelo contrário. Eu amo ser mulher, amo as possibilidades femininas, amo ter os privilégios que são reservados a muguegada. Mas todo dia eu acordo e agradeço 10 mil vezes a Deus por ter um cérebro masculino.


Eu sou do tipo de pessoa que tem preguiça de chilique de mulher, tem preguiça de manias toscas de mulher, tem pânico de mulher mulherzinha, chatinha, fresquinha, boazinha. Lição de vida: nunca confie em mulheres que têm a voz muito baixa e falam como se estivessem miando ou dublando algum dos Telettubies. É caixão na certa! Jamais confie em alguém que troca um tropeiro do Mineirão por uma barra de cereais. Ela vai te fazer passar fome, amigo! Mulheres quando são mulheres são perigosas, quando são sogras são letais. Todo cuidado é pouco! Há pessoas que têm a sorte de ter na sogra uma mother-in-law. Já outros, têm uma monster-in-law. Caixão duplo. Eu poderia ficar aqui descrevendo e contando casos sobre como é bom além de entender de homens, entender os homens. Mas vou dar a palavra ao Jefferson Delbem. Palavrinha na verdade... Aí vai um trecho do que está escrito em http://www.jeffersondelbem.blogspot.com/ . Confiram...


''...E se um dia você encontrar uma pessoa do sexo oposto que entenda um pouco mais do seu universo, repare como ela se tornará bem interessante. Vão se entender muito bem.Eu conheço uma mulher assim, vou contar a minha experiência. Ela é capaz de entender porque beber com os amigos e falar merda em uma roda de bar é tão importante para relaxar. Ela sabe que ficar sozinho, pescar e dar uma corrida próximo a uma bela paisagem não é sinônimo de depressão, e sim um tempo para organizar suas idéias e problemas. Que o jogo do Galo não é uma mera distração ou um evento esportivo, e sim uma paixão muito, mas muito além desses motivos. Carros não são todos iguais, ela sabe o quanto são diferentes e interessantes. Sem contar que ela sabe ser direta, sabe que nós homens entendemos o que elas querem bem mais fácil quando dizem o que realmente querem e não quando sugerem. E o mais legal, ela faz o mesmo. Corre, “chapa” com os amigos, conhece de carros, pesca, vai ao jogo do Galo e se expressa diretamente. Que me desculpe a maioria das mulheres, mas isso que é uma mulher completa, além da sua essência feminina, ainda entende a masculina.''

E tem dias que eu ainda me pergunto por quê eu não tenho um namorado.A resposta é bem simples: tudo nessa vida tem um preço; ao invés de namorar, eu viro amiga dos homens. =]

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Há more? Amor.

''Oi, tudo bem, você vem sempre aqui?'' Quem me conhece sabe que eu falo isso toda hora, de 5 em 5 minutos, entre um assunto e outro, seja ao vivo, no msn, no telefone ou em pensamento - quando passa aquela crocância do meu lado, hehe. Tudo bem que a audiência desse blog não é lá uma Brastemp. Em quantidade, claro! Porque em qualidade, queridos leitores, vocês são demais.Enfim, mesmo sendo um número que não diria reduzido, mas sim seleto, tenho que prestar contas de como anda essa coisa que acolhe todas as minhas idéias manés. Pra começar, ano novo, vida nova! Prometo que vou tentar segurar a onda na hora de escrever e tentar escrever textos menores pra colaborar com a preguiça de vocês. Isso é um absurdo, é o tipo da conivência que eu jamais imaginaria que fosse ter. Mas tá legal, o máximo que pode acontecer é eu dividir minhas obras primas de pura besteira em doses homeopáticas, capítulos, partículas, textículos, cada um chama do que gosta.

Ainda no ritmo do ano novo, eu diria que ano novo é dívida nova! Atendendo ao pedido do meu querido amigo Felippe Drummond, que me pediu pra escrever um texto sobre o amor, cá estou eu incumbida dessa difícil tarefa. Pois bem, eu definitivamente amo o amor. Eu acho que o dia que encontrar o meu então, putz... Vou gostar mais ainda! Acontece que por hora eu só sei falar de paixão. Ah, a paixão. Essa aí me pega toda hora! Falou ''bom dia'' comigo eu já respondo ''vamos casar?'' Mas é claro, com algumas raras exceções, isso é que nem virgindade: dá e passa. Pra não dizer que não falei das flores, eu faço uma campanha que vai superar a Free Hugs! Desenho um coração na mão das pessoas pra poder dizer ''love is in your hands!'' E eu vou dominar o mundo com esse discurso, mua ha ha! Vai vendo...

Eu vivo apaixonada, não consigo gostar de nada nem de ninguém pela metade. Comigo é 8 ou 800. Apesar de eu me ferrar em 98,72% dos casos, com 2% de margem de erro para mais ou para menos, eu sou atleticana e não desisto nunca! O bom de viver assim é que não dá tempo da paixão negativa, aquela que nos diz sobre o sofrimento, a lamúria, o penar, dar sinais em mim.
E o mais bacana de ficar nessa de coração acelerado sempre, sorriso bobo na cara, gelinho na barriga e outros sintomas de gente besta, digo, apaixonada é conseguir colocar em pé de igualdade esperança e ansiedade. Tem gente que não entende quando digo que todo dia eu acordo com meus olhos só de alguém. Todo santo dia. Claro que não são 365 paixões por ano. Aquelas, as raras exceções à efemeridade duram anos e anos. E embora façam parte da estatística do início desse parágrafo, me fazem bem só por me deixarem felizinha por algum motivo.

Felippe querido, me desculpe por decepcionar você! Não conseguir falar de amor. Você me conhece muito bem, sabe que eu sou adepta à filosofia de vida do ''caixaaa!'' - pelo menos por enquanto. Eu poderia até cantar ''O amor me pegou e eu não desncanso enquanto não pegar aquela criatura...'', mas isso aí não é amor. Na minha vida os únicos amores têm nome e sobrenome: Sidney Machado e Clube Atlético Mineiro. Por hora, o que posso te dizer é que amor é como capim. Você planta, ele cresce. Aí vem uma vaca e acaba com tudo. Mas não precisa esquentar a cabeça não. Leia meu texto ''Cow's Theory'' e saiba que as vacas estão com os dias contados sobre a face da Terra, mua ha ha! Prometo que um dia eu vou conseguir falar disso e espero que esse dia não esteja longe. De amor por enquanto, só falo do Galo. =]

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Mau humor: um estado de espírito


Volto a trabalhar hoje. Mais precisamente em uma hora e dois minutos. Melhor eu vestir a roupa então, porque não vai ser legal dar aula de toalha. =]

Ajudem de perto

Chuva é uma coisa que definitivamente não me agrada. Semana passada, em plena noite de Reveillon, Belo Horizonte parecia estar prestes a se acabar em água. A minha foto ao lado indo de canoa pra festa não me deixa mentir, hehe. Caiu um dilúvio nessa cidade digno de deixar Noé com inveja. Enquanto metade da cidade estava de branco, a outra estava de marrom. Nada de superstições ou simpatias de ano novo. O bicho pegou de acordo e muita gente ficou na lama. E não foi pouca não.

Na última sexta, com a ressaca do Reveillon devidamente curada, foi hora de parar de olhar pro meu próprio umbiguinho lindo e ajudar essa galera que teve muito mais que a chapinha estragada, o vestido molhado e a saída de casa pra festa atrasada pela chuva. Minha família não é daquelas que acha que pobre só come, sente frio e quer brincar em dezembro. Desde que somos pequenininhos aprendemos que pra ganhar alguma coisa temos que abrir espaço na gaveta tirando alguma que é meio velhinha, mas que pra outra pessoa vai servir e ser muito bem vinda. E a gente não aprende isso na sequência da frase, onde o 'pra ganhar' vem na frente do 'servir o outro'. O negócio é realmente fazer o que tá ao nosso alcance pra ser bacana com alguém.

Juntamos um monte de coisa que tinha aqui em casa parado e ficamos pensando onde podíamos levar. Pensamos em centros de assistência social, Polícia Militar, Defesa Civil, Correios mas no fim das contas fomos lá no olho do furacão entregar as doações. Sem saber onde levar, fomos andar na Via Expressa pra ver se a gente achava algum posto de arrecadação. Chegando ali pros lados do bairro Betânia, a conclusão foi que a Via Expressa É um imenso posto de arrecadação no meio da cidade. Tava tudo destruído, aquele monte de casa com muro caído, sem telhado, buracos gigantes na rua, marcas da altura da água nas paredes e muita, muita, MUITA lama. Ver Santa Catarina parecendo uma sopa em forma de estado não foi nada em vista do que eu vi com esses olhinhos que a terra há de comer. Na televisão se você não quiser ver é só mudar de canal, desligar, fechar o olho. Ali na sua frente você pode até fechar os olhos ou quem sabe a janela do carro, mas o cheiro do esgoto estourado vai entrar pelo seu narizinho e mesmo sem querer você vai ter que fazer parte dessa realidade, nem que seja por poucos minutos.

É foda ver aquele mundo de gente com seus simples rodos puxando aquele monte de barro de dentro de suas casas de paredes marrons e cheias de infiltrações enquanto em outro canto da cidade outros tantos comem e bebem com fartura seguida de desperdício. Eu não prego a solidariedade imbecil, aquela que diz que se um não tem ninguém mais pode ter pra se nivelar ao coleguinha. Ao contrário, apesar de não acreditar que possa haver igualdade entre todos, acho que ao menos as oportunidades deveriam ser as mesmas. Eu fico feliz por poder ajudar essas pessoas que perderam suas coisas, mas ao mesmo tempo me sinto mal por elas desejando que eu não tivesse que fazer isso, que elas não precisassem disso. Não pelo esforço, mas por uma sorte melhor pra elas.

Esse tipo de coisa é um tapa na cara da gente. Chegamos numa igreja na beira Via Expressa com muitas sacolas de roupas, brinquedos, panelas usadas, água mineral e comida. Era tanta coisa que precisamos ir em dois carros. Quando minha prima entrou no lugar com uma caixa de leite na mão, veio uma menininha correndo e disse ''Nossa, que bom que chegou leite! Meu avô é diabético, tá sem comer há 2 dias! A chuva levou nossa comida toda embora...'' Quem dorme com esse barulho? Sexta a noite, férias, calor... e eu sem o mínimo tesão de sair de casa pra tomar uma. Isso é bom pra neguinho aprender a repensar a vida na hora que abrir a geladeira naquela ressaca depois de gastar 150 conto na balada e dizer ''merda, só tem Coca normal, eu queria Zero...'' ou então quando falar ''ah neeem, meu Cheddar veio com muita cebola... odeio cebola!'' Enquanto você chama sua mãe de baranga porque ela resolveu mandar pintar a parede do seu quarto de gelo ao invés do rosa com lilás que você tanto queria tem gente aí que nem parede em casa pra pintar tem. Enquanto você reclama porque seu pai foi na padaria e trouxe aquele leite ruim com Ômega 3 ao invés do desnatado que você gosta e ainda por cima esqueceu sua Nutella, olha só que pai fanfarrão, tem um monte de gente que tá sem água potável em casa porque a chuva fudeu com tudo. Mais uma vez, não tô querendo dizer que é pra você virar um monge e abdicar de tudo que você tem e gosta pra sofrer junto com os outros que não têm outra escolha. O ponto é simplesmente valorizar tudo o que você tem, capiche?

Ir lá no seu guarda-roupa e tirar aquelas camisas desbotadas com as golas relaxadas que sua mãe já cansou de ameaçar jogar fora e dar pra alguém não vai te matar. Aliás, vai ser um ato de auto-ajuda. Você vai, além de beneficiar alguém, andar mais arrumadinho ampliando as chances de pegar mulheres bacanas que gostam de caras bem vestidos! Gordinhas, liberem aquelas roupas que não entram mais em vocês há dois verões e vão comprar outras novas! Andar no shopping emagrece e carregar sacolas enrigece músculos, sabiam? E vocês magrinhas, com o dinheiro que vocês gastam mandando suas roupas pra costureira apertar dá pra comprar muita coisa no seu tamanho real! Mamães, não adianta guardar as roupinhas do seu filho de quando ele tinha 1 aninho porque a criatura já está com quase 18, não cabe! No mais, se ele aparece em casa dizendo que a namorada tá grávida e ele vai dar as próprias roupas pro herdeiro vestir, você vai querer matar o coitado mesmo...

Falando sério, passem pra frente aquilo que não serve mais pra vocês, galera. Aproveitem o espírito do Ano Novo, já que tem gente que só funciona assim, e dêem lugar pra coisas novas nas suas vidas. Tem um monte de coisa aí na gaveta que só ocupa espaço. E nas mesmas proporções tem gente precisando. Numa boa, foda-se Israel, foda-se Santa Catarina, foda-se a África inteira se eu puder ajudar quem tá aqui do meu lado. Lá longe já tem muita gente tentando resolver o problema. O negócio é fazer as coisas até onde o braço alcança. É assim que a gente consegue resultado. =]