quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Todo mundo morre uma vez, a Alanis...

Chamem os paramédicos, as imagens são incríveis!

Agora tudo faz sentido. Só agora eu entendo o real significado da piadinha. Eu fui ao show dessa mulher e putaquepariu! Com o tanto que ela dança, grita, pula, rodopia e ainda consegue cantar e tocar, tem que ter mais de uma vida pra poder gastar tudo mesmo. Eu sempre tive uma certa resistência a vocais femininos e nunca fui fanática por ela. Mas a Alanis é diferente, chega a ser ela mesma um estilo musical. E com aquela voz inconfundível, e que não muda nunca, ela fez um show sensacional. E digo mais: que bundinha! Apesar de não merecer ainda um ''quanta crocância'', é inegável que ela ''engostosou'' nos últimos anos.

No Brasil pela terceira vez e em BH pela primeira, ela levou aproximadamente 5 mil belo horizontinos ao Chevrolet Hall na noite desta quinta. Aquela sauna em forma de ginásio tava lotada, mas tava tudo muito tranquilo. Organização pra entrar, fila rápida, lá dentro nada de muvuca. Não tinha nem passado pela minha cabeça ir nesse show quando, em dezembro, foi divulgado que a Alanis viria a BH. Mas anteontem um desistente cruzou meu caminho. Morri em 80 merréis de ingresso mais os extras de comes e bebes, fiquei sem córneas, mas valeu a pena.

O show foi todo muito legal. Nada de som falhando, microfonia, nada disso. Palco limpo, sem aquele monte de firula decorativa, uma iluminação muito bonita, sem frescura também e uma banda fantástica. Aliás, a banda é um caso a parte. O baterista e o tecladista são excelentes. Os dois guitarristas e o baixista são ótimos também. O detalhe é que chegam a dar vertigem na gente de tanto que rodam. Não, não é rodam no sentido de circulam pelo palco, de andam pra lá e pra cá. Eles tocam rodopiando, 360° mesmo. Fiquei me perguntando que tipo de droga eles usaram pra conseguir tal proeza, mas nada além de cheirar rapé vencido me ocorreu. Aliás, rapé misturado com dramin socado, né? Única explicação pra rodar tanto e não vomitar. A Alanis não ficou pra trás. A dancinha de simples movimento de quadril dela estava demais, além das rodadinhas de lei.

Mas não foi assim o tempo todo. Do meio pro final do show os intrumentos foram trocados e a galera tocou em rodinha, sentados nos banquinhos do acústico. Até no sossego o povo foi a loucura. Aliás, foi nessa hora que o público endoidou mais, porque ela tocou várias músicas antigas depois de começar o show com muitas músicas do cd novo, "Flavors of Entanglement", que é muito bom apesar dos fãs mais antigos torcerem um pouco o nariz.

Eu lavei a alma com as músicas velhas. ''Everything'', ''Hand in my pocket'', ''Flinch'', ''So Pure'' e por aí vai. Mas foram duas que fizeram o show pra mim. Em ''Head over feet'' as borboletas do meu estômago fizeram a festa. Além da letra incrível que me lembrou uma pessoa mais incrível ainda e uma das mais surpreendentes que eu conheci nos últimos tempos, (aah, !) aquela gaita me faz arrepiar até a sobrancelha. Mas a voz foi embora mesmo com ''You Oughta Know''. Essa aí é o desabafo de toda mulher feliz que um dia já passou raiva com algum cretino. A música é um grito só. É aquele prato que o povo diz que se come frio, só que em forma de música. Sensacional.

Mas uma coisa me deixou meio puta. Parecia que tinha mais câmera do que gente. Um showzasso, desses que a gente não vê todo dia, principalmente considerando que estamos em Belo Horizonte, banda foda, ingresso caro, a mulher lá na frente se acabando de cantar e a palavra que mais se ouvia era orkut. Ok, existem pessoas que querem guardar aquele momento pra posteridade, contar pros filhos e netos que viram um show foda, numa quinta feira chuvosa. Mas me incomodou olhar pros lados e enxergar aquele monte de luzinha vermelha, visores e mais visores. Tinha gente até com a câmera em uma mão e o celular na outra. Porra, o cara foi ver o show ou foi gravar pra assistir em casa? Compra o dvd então. É engraçado, todo mundo reclama de só ver certos artistas na televisão. Aí quando vê ao vivo tá tão acostumado com a imagem dentro de um quadradinho que fica vendo o espetáculo pelo display da câmera. Eu acho desrespeitoso com quem tá lá na frente. Fica parecendo que o trabalho do cara, o esforço, a idéia, tudo SÓ serve pra encher orkut, face book, my space, flicker e o caralho.

Bem, no fim das contas ela tocou ''You Learn'', ''Ironic'' e fechou com ''Thank You''. Um show de aproximadamente duas horas de duração, que valeu cada centavo e cada minuto, com direito a uma boa dose de satisfação pessoal de troco.

As fotos ficaram ''diferentes''. São de Kênia Maia, uma pessoa que como eu estava mais interessada em curtir o show do que mostrar pra alguém depois.

3 comentários:

  1. No Jú, pela sua descrição deu pra imaginar o quanto foi bom o show! Fino demais hein! Ah e a parte das "borboletas" do texto ficou legal! hehe Nem preciso falar q adoro o que vc escreve e que"eu venho sempre aqui né"! rs Beijos!

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  2. EHHHH JULY JULY...DE OLHO NA BUNDINHA DA ALANIS HEIN.... DANADINHA...RSRSRS CONTINUO SEMPRE PORRAQUI!!! BJÃO...

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