terça-feira, 1 de dezembro de 2009

"Eu caio na rede, não tem quem não caia" ♫


Lenine estava quase certo quando escreveu essa letra. Maior que a rede só mesmo o ego das pessoas que a usam.

Rede social é uma das formas de representação dos relacionamentos afetivos ou profissionais dos seres entre si ou entre seus agrupamentos de interesses mútuos. E, segundo um mocinho chamado Fritjof Capra,
redes sociais são redes de comunicação que envolvem a linguagem simbólica, os limites culturais e as relações de poder.  Opa, chegamos ao ponto do meu questionamento: o poder adquirido através de uma rede social.

Desconsiderando redes sociais hierárquicas, políticas e/ou familiares, que são situações onde realmente faz diferença o lugar que você ocupa na determinação do seu poder, alguém poderia me dizer porque Orkut, Twitter, MSN, Blog, Flickr, Facebook e essa porra toda - tá, a porra toda que eu gosto mucho - sobe tanto à cabeça das pessoas como se elas virassem deuses, semi-deuses, heróis, divas e o caralho com um simples sign in?


Lembro que uma vez li algo sobre extasy que dizia 'chamam extasy de 'a droga do amor'; só se for do amor próprio, porque o cara toma, fica viajando, não conversa com ninguém, não interage, dança sozinho, fala sozinho, se transporta pra um universo paralelo mesmo.' Não sei se é impressão minha ou se coisa parecida vem acontecendo com as redes sociais. Socialização virou coisa rara ultimamente. Criamos belas redes anti-sociais, isso sim.

No MSN todo mundo está ausente ou ocupado. Esses status são apenas eufemismos para 'não quero conversar', 'não encha meu saco', 'vai se fuder' e coisas do tipo. No Twitter o povo só reclama, xinga, espregueja. Aliás, twitteiro de bem com a vida é execrado: o bacana é estar emputecido. Já no Orkut, todo mundo é feliz! É borboletinha pra lá, coraçãozinho pra cá, poemas, provérbios, músicas de amor para todos os gostos. 


E se com tantas opções você ainda não gostar, foda-se. 'Sua inveja faz a minha fama', 'Com as pedras que você joga eu construo meu castelo' e 'O que vem de baixo não me atinge' são apenas de algumas das variações de 'Cuidado: cão bravo' que estão por toda parte por aí. A galera não quer mesmo socializar. O lema é 'Quem ama bloqueia' e pronto. Ninguém quer saber de porra nenhuma do que você diz, ninguém se dispõe a prestar atenção em nada. 

Discussão saudável? Argumentação? Pontos de vista diferentes? Foi o tempo, meu caro. Hoje em dia os fóruns só servem pra fazer propaganda de como aumentar seu pênis. Tem gente que até esqueceu onde fica o pênis porque só tem olhos pro próprio umbigo.  Deslumbramento e auto-afirmação andam juntos nas redes sociais. O propósito real se perde ao mesmo tempo que fotos e mais fotos de churrascos, festas e espelhos de banheiro inundam álbuns. 

As pessoas não sabem nem como analisar e criticar as coisas que apreciam. Dá vontade de colocar um aviso: comente com parcimônia. Nenhuma festa é boa. Ela é, no mínimo, PER-FEI-TOOOOO-NA. Nenhuma garota é bonita, atraente, bem vestida. Ela é MAAAAAAAAARAAAAAAA. Lugares deixaram de ser agradáveis. Agora eles têm uma decoração que dá vontade de chorar de tão estupidamente maravilhosa. E o tanto de caracteres, tags, símbolos, cores, fontes e sei lá mais o que... Melhor parar por aqui.

Sim, eu amo redes sociais. Não quero parecer uma Hesbolah, radicalzuda, reclamona e intrometida nos perfis aheios. Na verdade eu acho que não consigo imaginar minha vida sem as malditas redes sociais. Gasto horas imaginando como meu avô, que adorava dançar, descobria músicas novas, como meu pai combinava pelada no final de semana com os amigos dele se não tinha como mandar scrap e como minha mãe fofocava sobre as festas se não existia MSN. Mas na boa, já que a rede é social, socializem, porra. Existe vida inteligente em outros IPs.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Ídolos também crescem

Se tem uma coisa que a gente nunca abandona é lembrança de infância. Nossos ídolos nunca morrem, sempre serão referências, um dia contaremos sobre eles para nossos filhos e diremos "na minha época, os desenhos eram bem melhores que agora."

Pois bem, contemporâneos da Juju. Venho através deste humilde blogzinho mostrar pra vocês que, como eu, creseceram lendo a Turma da Mônica, aquela gorda malandra e seus amiguinhos pilantras, que eles também cresceram e ficaram como nós: cretinos, desbocados e, por que não dizer, honestos. 





É sujeira? É claro que é. Mas a gente cresce e fica sacana assim mesmo. É o ciclo da vida: a gente nasce, cresce, enfilhadaputece, envelhece e morre. =]



Mais tirinhas aqui ó.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Parabéns pra mim de novo!

E então eu aniversariei pela vigésima primeira vez. Sempre me disseram que depois dos 20, os anos passam muito mais rápido. Os números deixam de ser exatos, a gente começa a ter 20 e poucos, 30 e uns quebrados, 4 ponto alguma coisa, 50 e tantos e porraí vai. O momento agora não é pra pensar no que virá, mas sim pensar sobre como é bom olhar pra trás e admirar a vida que soubemos fazer.

Fazendo um balanço desses 21 anos, eu contabilizei 0 irmãos, vários companheiros, bons amigos, excelentes amigos irmãos, uma família que consegue ser a melhor de todas ou a mais chata do mundo, dependando do que rola.  Bichos de estimação só por tabela, pegando barranco nos meus primos. Passando por 6 escolas e 3 casas, aprendi muita coisa em vários lugares e me senti em casa em muitos deles. Tive um 1 namorado oficial, um monte de rolos por aí, vários amores e uma única conclusão: quanta crocância! 

Até então, 1 emprego de muita responsa com muitos alunos, muitas aulas, muita diversão, muito cuidado, muito carinho e, hoje, muita saudade.  Depois veio o 1° estágio com muita experiência, muita gente boa. Agora, o 2° está sendo um puta desafio com muita coisa bacana também. Entre os 2, várias aventuras que vão de  editoria de revista à quadras de tênis, passando por sites de e-commerce e assessoria de comunicação. O que todos esses trabalhos significam pra mim? A certeza de que eu amo o que faço.

21 aniversários e incontáveis festas, viagens geográficas e viagens mentais.
Já comi muita coisa diferente, bebi muita coisa estranha e passei alguns apertos. Nunca quebrei nada no meu corpo além da cara. Ressacas são inúmeras. Às vezes eu penso ''será que já bebi um caminhão de cerveja?" Acho que não, mas tô na saga pra essa peripércia. 1 intercâmbio, 3 anos de YMCA em presença, espírito de Youth Exchange pra sempre. Não fiz primeira comunhão, não crismei e não tô nem aí.

Já xinguei todos os palavrões que eu sei muitas vezes e só usei 1 das trocentas drogas  ilícitas que eu conheço. Já chorei tanto que eu acho que dava pra acabar com a seca do Vale do Jequitinhonha de vez. Mas, pra compensar, eu ri muito mais pra gastar esses 48 dentes que dizem que eu tenho na boca. 48 em cima, claro. Embaixo são 64. Ainda bem que quase não me zoam. Exagerada eu? Imagina. Tem 1 milhão de anos que eu não exagero.

No fim das contas, não tem outra coisa a pensar e a dizer que não seja como a vida é absolutamente incontável e "encantável".  E o aprendizado é exatamente isso ó:




A única coisa que ainda me deixa muito puta é em 21 anos ainda não ter sido campeã brasileira. Ô Galo, colabora aí carái! Eu te amo, mas não judia de mim, porra!

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Parabéns pra mim!


E sem essa de querer comer meu bolo, galera.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"Eu vou nas asas de um passarinho (...) e o tic tic tac do meu coração renascerá" ♫

Maoee! Começa hoje neste humilde blog a contagem regressiva para o meu aniversário! Tô me sentindo um whisky, sério. Um whisky 21 anos, puro malte vatted: caro, bem curtido e bacanudo. Pra quem gosta, um prato cheio. Ou melhor, um copo cheio.

Eu comemoro o ano inteiro, ouço 'parabéns pra você nessa data querida' quase todo final de semana e já expliquei o motivo de tanta festa no post 'I wanna rock 'n roll all night and party every day! ♫'. Mas quando chega a época do aniversário legítimo eu fico sem saber onde comemorar, quando comemorar, quantas vezes na semana comemorar e zaz. Faltando 10 dias pra ouvir meus amigos dizendo que vão comer meu bolo, ui, ainda não decidi nada. Mas aguardem e confiem, a partir do dia 15 tem cerveja pra tomar, com certeza.

Já que estamos no esquenta pro tal do meu aniversário, eu queria dar de presente pra todos os meus amigos a dica de leitura do livro 'Longe é um lugar que não existe', do Richard Bach. A história é uma viagem em todos os sentidos que essa palavra permite. O cara sai de casa pra ir à festa de aniversário de sua amiga Rae que mora longe pra carái (rima cretina, eu sei), pega carona com várias aves diferentes e aprende muitas coisas bacanas sobre amizade, distância, aniversários, vida, missão na Terra e mais tudo que quem ler conseguir interpretar.

Bom, vou me esforçar pra tentar reunir uma galera boa em um programa legal pra misturar cerveja com bolo e entoar pela 21ª vez o hino 'com quem será que a Ju vai casar?' Por hora, fiquem com um trecho do final do livro da Rae e tentem entender a viagem que eu compartilho com o Bach.

"Rae, este é o último dia especial de comemoração a cada ano que estarei com você, tendo aprendido com os nossos amigos, os pássaros. Não posso ir ao seu encontro porque já estou com você. Você não é pequena porque já é crescida, brincando entre suas vidas como todos fazemos, pelo prazer de viver. Você não tem aniversário porque sempre viveu; nunca jamais haverá de morrer. Não é a filha das pessoas a quem chama de mãe e pai, mas a companheira de aventuras delas na jornada maravilhosa para compreender as coisas que são. Cada presente de um amigo é um desejo de felicidade. É o caso do anel.


Voe livre e feliz além de aniversários e através do sempre. Haveremos de nos encontrar outra vez, sempre que desejarmos, no meio da única comemoração que não pode jamais terminar."

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segunda-feira, 26 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Aí eu me afogo num copo de cerveja, que nela esteja minha solução.

A gente enche a cara, no outro dia vira do lado avesso e ainda tem a pachorra de dizer que ressaca é coisa do capeta. Pois bem, ledo engano o de quem pensa isso desse estado de graça que é o dia seguinte ao da bebedeira. A ressaca é uma dádiva divina. A ressaca enobrece.



O primeiro dos pontos positivos da ressaca é ser um recurso que a nossa memória usa pra nos fazer colocar a mão na testa e lembrar tudo o que foi feito e dito na noite anterior. Analisando profundamente, temos aí um belo mecanismo de crescimento pessoal, reparação dos erros , determinação e motivação à mudança. Quer motivo maior que uma puta ressaca pra resolver não fazer certas coisas nunca mais?!

Depois de tomar todas - e mais algumas - é com a ressaca que a gente toma vergonha na cara. "Nunca mais bebo vodka/tequila/absinto/pisco na vida", "nunca mais piso naquele lugar", "nunca mais bebo de barriga vazia" e "nunca mais misturo" são os "nunca mais" preferidos da galera. Tudo bem que a maioria mente, mas se o que vale é a intenção, a boa intenção, aliás, então vamo que vamo.

Curtir uma bela ressaca também nos faz conhecer uma das mais incríveis virtudes que habitam nosso ser: a sinceridade. É na hora da mãozinha na testa, da intolerância à claridade e da memória em flash que a gente se surpreende com o nosso até então desconhecido compromisso com a verdade. "Puta que pariu! Eu falei isso?!" Sim, amigo. Falou. E bêbado não mente. Mais uma vez, a ressaca tem papel fundamental na vida das pessoas: fazê-las reconhecer a importância dessa qualidade tão admirável que é ser sincero.

E então, convencidos do benefício que este estado de espírito traz à cada um dos bem aventurados indivíduos que não dispensam um bom mé?! Na pior das hipóteses, se a resposta for "não", ressaca é só aquele negócio que te dá depois de uma noite sensacional mesmo e só isso já vale muito. Nesse caso, tudo se resolve tomando mais uma pra rebater.

Fica a dica: faça de cada ressaca um aprendizado: não repita as mesmas merdas, repita e aprimore as façanhas, continue sincero, confirme tudo o que você disse porque é aquilo mesmo o que você pensa e zaz. Fecha a conta e passa a régua.

P.S.: Sim, eu tava delirando de ressaca quando cheguei à essa linda conclusão sobre o caso. =]

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Correio Elegante

Eis que um dias desses aí eu cismei que queria namorar. UM dia... Eu cismo com isso TODO dia. Mas é sempre assim. "Ai, que vontade de namorar! Passou, passou, passou..." Dessa vez a vontade não passou. Pelo menos até o fim desse post, acredito que a vontade perdure.

 



Estive pensando sobre o assunto - ô menina pensuda! - e resolvi esquematizar o projeto "Ju Namoruda 2010". Esse projeto incrível, maravilhoso, visionário, vanguardista, revolucionário, estupendo, supimpa  e do balacobaco foi cuidadosamente desenvolvido por minha brilhante pessoa (depois que o Santo Antônio apareceu pra mim 2 vezes) e está dividido em partes:

- A tática
- A teoria
- Os resultados da tática
- O plano B


Tá bom. Eu sei que eu sou uma mula, uma anta, uma tapada, uma demente, uma cretina e que poderia estar namorando caras fantásticos - não todos de uma vez, claro - e deixei muita gente boa passar batido assim como gastei um tempinho considerável com investidas que não deram em nada. Mas futebol tem dessas coisas.

Tá bom, tá bom. Eu sei que namorar é coisa séria, que não é como escolher sanduíche no Mc Donald's pelo número da promoção. Eu já disse que tá bom! Vocês vão dizer que minhas teorias são furadas, que minhas táticas não funcionam, mas essas duas novas aí têm até iso 9002 de tão fodas que são, tá legal? No mais, deixa eu me divertir, já que no fim das contas eu vou acabar apelando pro plano B mesmo...

Para entender o que eu quero, eis uma vídeo aula. Se você disser "sim" para pelo menos 15 dessas 21 coisas que eu e a Alanis Morrissette queremos num namorado, beijomeliga! 



=]

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A vida imita a piada

Quem nunca ouviu a clássica piadinha/cantada:

"E aí gatinha, que tal a gente sair pra comer um cachorro quente e depois fazer sexo??"


"Que isso, tá maluco??!"


"Tudo bem se você não gosta de sanduíche, a gente pode comer pizza..." =]

Pois é. Fraquinha, falida, não funciona at all, mas é engraçadinha. Acontece que agora não é piadinha mais não! Se algum cara for pro seu lado com esse papo, acredite, ele não tá brincando.



Esse pessoalzinho do Guia de Motéis passa muito tempo lendo piadinha no horário de expediente e depois cria esse tipo de campanha aí. Gracinha!

Mas então? Calabresa ou salaminho?

=]

domingo, 27 de setembro de 2009

Ah, mas eu tô tão feliz! Dizem que o amor atrái...

Maaooee! Sabe que que é?  É que a vida vai muito bem, vai muito boa! E como meu amigo Dito Passos sempre me diz, 'Feliz tudo flui. A gente tem que quebrar os paradigmas, cara.' Pois é! Eu ando muito feliz! Podem acreditar no que o Dito diz, galera. Realmente funciona.

"Ah, mas eu tô tão feliz! Dizem que o amor atrái..." E eu não tô apaixonada. Porque apaixonada a gente fica bobo. Eu tô esperta! E tô, na verdade, amando! Amando sabe o que? O que eu faço! Ééé! Só faço besteira e tô adorando isso, sabia? Muito legal! Acontece que nas horas vagas eu faço Jornalismo e amo mais ainda!

Captaram do que eu tô falando, né? Sim! Eu aceito! Aceito pressão, expectativas, aceito críticas, aceito reconhecimento, aceito as piadinhas, aceito ralar muito e não ganhar tanto assim, aceito oportunidades incríveis de conhecer pessoas incríveis, aceito uma vida social interrompida pela ralação do fim de semana, aceito cobrança, aceito tudo que o Jornalismo quiser me oferecer.

Sabe porque? Por causa disso, ó:



Essa é a nova campanha da Topper e eu achei foda. [só clicar pra ampliar]

Eu sou avacalhada assim, perco, choro, fujo da concentração, sou irritante, sou diferente, alcanço feitos inalcançáveis, faço coisas infazíveis, tenho o meu talento, vivo à vontade, me fodo por ser assim, me dou bem por ser assim. Jogo sempre, seja no fair play ou no hard play. Mas sou da opinião que não interessa o que você faz. O negócio é fazer o que você se dispõe da melhor forma possível.

Coração manda, capiche?

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Shampoo faz lavagem cerebral

"Sabe qual o shampoo eu uso? Qualquer um, shampoo só lava os cabelos!" Quem lembra do comercial que a Angélica dizia isso?  Que mané só lava! Hoje eu descobri que um mísero shampoozinho pode fazer muito mais que apenas lavar os cabelos. Aliás, de tudo que fazem, a menor parte está relacionada à lavagem.

Vocês já pararam pra pensar no maniqueísmo que envolve esse safado desse shampoo? Maniqueismo. É isso mesmo, foi exatamente o que eu quis dizer. O bem contra o mal. Deus contra o Diabo. Sombras contra a Luz. Mais precisamente, a depressão profunda contra o a sensação de ego totalmente massageado. Os shampoos vão dominar o mundo! Eles estão divididos em 2 grupos e vão usar você de escudo na guerra!

Os shampoos do mal são aqueles que aparecem no seu caminho para te fazer sentir como se a diferença entre você e um pratinho de bosta fosse só o pratinho. No rótulo dessa corja estão sempre dizeres que beiram o incentivo ao suicídio. As indicações são coisas como "cabelos quimicamente tratatos",  "cabelos ressecados", "cabelos danificados", "cabelos sem brilho", "cabelos sem vida" e porraí vai.

Vamo combinar, comprar uma coisa dessa é praticamente assumir que você não tem cabelo, tem uma oca de índio na cabeça. É como assinar um atestado de "Eu sou um lixo, arranco cabelo do cu e prego na cabeça."

Do jeito que as coisas vão, não demora muito para lançarem shampoos com recomendações que reforcem ainda mais as trevas de alguns seres assim: "cabelos fudidos", "cabelos detonados", "cabelos arregaçados", "cabelos atentado ao pudor", "cabelos que são a escória capilar do mundo", "cabelos piores que os pentelhos do saco do negão mais negão da face da Terra", "como você tem coragem de sair de casa com essa choupana horrorosa?", "já pensou em fazer como a Carolina Dieckmann em Laços de Família?" e "se mata, colega."

É angustiante, deprimente, humilhante, lamentável encontrar os shampoos do mal nas gôndolas. Acho que deveriam lançar promoções do tipo "Compre o shampoo e leve grátis 3 cartelas de Prozac" no lugar de "Compre o shampoo e leve grátis 1 condicionador."

Para nossa salvação, existem tambem os shampoos do bem. Os bonzinhos são aqueles shampoos que deveriam ser anunciados como "O caminho, a verdade e a vida. O alpha e o ômega." São aqueles que prometem mudar radicalmente sua vida em menos de 10 lavagens.

Eles prometem TANTO que deveriam vir com rótulos assim: ''faz seus olhos ficarem verdes", "emagrece sem lipo", "proporciona orgasmos de 30 minutos", "raspe e ache os números da Mega Sena", "tenha os lábios e o marido da Angelina Jolie", "aprenda a se teletransportar, voar e ficar invisível" - esse é 3 em 1 - "salve o mundo da fome", "ganhe dinheiro dormindo", "depilação total definitiva" e "livre-se da TPM forever!"

Eu não me contive quando li tantos adjetivos reunidos em uma só seção do supermercado. Saquei logo meu bloquinho da bolsa e anotei todos os mágnificos títulos que estes deuses industrializados recebem: "liso deslumbrante", "cachos incríveis", "hidratação espetacular", "ondas perfeitas", "restauração profunda", "reparação insuperável" e "super restauração s.o.s." Depois dessa lista, eu fiquei pensando que se eu usar todos eu viro um Power Ranger em 2 semanas.

No fim das contas, depois de 10 dias a gente nem lembra qual o super poder do shampoo escolhido. Sejam os que fodem com nossa auto estima ou os que iludem a gente sem o mínimo de dó, a Angélica é que tá certa. Shampoo só lava o cabelo. E no mais, fiquem frias mulheres. Se cabelo fosse bom, não nascia no cu, digo, no suvaco. Compra qualquer um e vai ser feliz.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Cabelo raspadinho, estilo Ronaldinho

Sabe aquela dúvida cruel que bate na gente às vezes? Tomo Coca ou suco de laranja? Viajo pra praia ou pra montanha? Passo vermelho ou faço francesa? Pego a loira ou a morena? No meu caso, pego o princeso ou a crocância? - sim, existe uma grande diferença - Estudo ou durmo? Vejo todas as temporadas de um seriado ou saio pra beber com meus amigos?

Enfim, é tanta opção nessa vida que a gente fica em cima do muro antes de decidir a maioria das coisas. Depois de conversar com uma amiga minha, a dúvida de hoje foi: o que é pior, adotar o Claudia Ohana way of life e ser confundida com o Bin Laden ou não deixar um fio pra contar história, mas sentir dor pra caramba e fazer seu namorado se sentir um pedófilo?

Apesar de achar, por motivos de encheção de saco extrema, que cabelo em mulher deveria nascer só dos cílios pra cima, considero sensato que a metade do meio termo entre as duas opções tá de bom tamanho. Visualizaram?

Essa semana eu estava procurando por "grama" no Google images e achei essa pérola aí.

Depois de rir MUITO e dar muita moral pra criatividade e coragem dessa moça pra fazer essa tattoo logo aí na entrada do playground, lembrei de um email que eu recebi há muito tempo contando sobre a primeira depilação inesquecível de uma mulher desavisada.

É grande, mas vale muito a pena ler. É muito engraçado! Ah, é muito broxante também, ok homens? Mas é a verdade purinha! Toda mulher que já passou por isso sabe que isso é EXATAMENTE o que acontece! Ah, leiam aí e, se possível, comentem sobre as preferências. Tô tratando o assunto com isenção jornalística, claro!

A primeira depilação
Autora desconhecida

"Tenta sim. Vai ficar lindo." Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?


Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor.

De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos,gritos, conversas. Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, e sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou acordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- ...é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.


Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar. Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu.

Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural. Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?


Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.

- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.


- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.


- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu tuin peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá?

Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar... eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada. Queria comprar o domínio preserveaspeludas.com.br."

sábado, 12 de setembro de 2009

Terapia em Grupo

Oi, meu nome é Juliana, eu tenho 20 anos, estudo Jornalismo na Newton Paiva, faço estágio na Eletrocell.com, minha religião é o Galo e... Enfim, tô aqui nesse grupo de terapia porque eu eu tenho um problema há muito tempo: eu simplesmente não consigo ser pontual. =[

Todo mundo: "Oiii Juliana!"

Gente, acho que até pra nascer eu atrasei. Minha mãe começou a passar mal dia 15 de novembro, e eu só vim ao mundo dia 19. Mas eis que essa semana eu descobri que minha doença tem cura!

Todo mundo: "Óóóóóóóóóóó!"

A minha falta de pontualidade se resolve com novela!

Todo mundo: "What the fuck??!"

Nessa última semana eu parei pra prestar atenção no poder que os folhetins televisivos têm na vida das pessoas. Principalmente o das 9. Minha tia não podia sair comigo porque não ia dar tempo de ir e voltar antes da novela começar. Também ouvi meu chefe dizendo ''Hoje não posso atrasar porque tenho que ir pra casa assistir minha novela! Are baba!" umas duas vezes.

Aí eu lembrei que quando era mais nova eu via novela e minha vida era minusciosamente contada em minutos, comerciais e capítulos nossos de cada dia. Aí eu cresci - ok, não cresci, fiz aniversários - e virei aquela chatona que fica perguntando o tempo todo "Por que ele tá preso?", "O fulano morreu??", "Nossa! Ela teve coragem de trocar aquele cara que amava ela tanto por esse feio???" Sim, eu sou o terror de véia noveleira, irrito todas.

Todo mundo: "Pô, você é chata mesmo hein?"

É fato, quem vê novela não se atrasa. A vida fica assim: antes da novela eu tomo banho e já fico empijamada. Aí no 1° intervalo vou correndo na cozinha e pego um lanchinho pra roliçar direito na frente da tv. No 2° intervalo volto na cozinha pra devolver a bagulhada do lanche e dá tempo de fazer xixi correndo também. No 3°, separo a roupa do outro dia, já pensando nos 5 minutos a mais que eu vou poder dormir. No 4° intervalo é hora de dar a ultima passada na cozinha só por desencargo de consciencia pra depois escovar os dentes.

Todo mundo: "E o Kiko, Juliana?! Kikotenhoavercomisso??!"

Quando acaba a novela eu já me autorizo a dormir a qualquer momento. É bom provavel que, a não ser q tenha algo muito interessante na tv, tipo jogo do Galo, eu durma bem rápido, porque estar de bobeira na cama predispõe sentir sono. Rola de dar uma lidinha bacana pra adiantar o processo também.

O reflexo disso no dia seguinte é estrondoso. Como dormi cedo, acordo cedo numa boa, sem ficar com saudade da cama e sem querer que o soneca seja disparado a cada 50 minutos. Me vestir é apenas uma questão de pular dentro da roupa, já que ela tá lá prontinha me esperando. Com minutos sobrando, dá pra arrumar a cama e ainda tenho minutos bônus pra tomar café. Juntando isso tudo eu vou cultivando o bom humor do dia e a tendência a fazer tudo na hora certa.

Todo mundo: "ZzzZzZzZZzZzZzZzZzzz..."

A partir daí é só seguir o fluxo. O dia todo segue dentro do horário até chegar de novo o momento de zerar o cronômetro. A musiquinha do Jornal Nacional começando funciona como um sinal de "se você tem alguma coisa pra fazer, faça logo, tome banho e corra pra cama pra ver a novela."

Falando nisso, deixa eu correr pra ver a reprise do último capítulo de Caminho das índias. Como vocês podem ver, eu não to de sacanagem. Até pra ver os momentos finais da novela eu chego depois de todo mundo. Are Baba!

Todo mundo: "Vai se fudeeer, Juliana!"

Tá bom, eu vou. Mas já aviso antes que vou atrasar, beleza?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Recados do coração

Maa ooe! Hoje eu tenho um recado pra vocês e espero que prestem bastante atenção. Eu não gosto nem sou muito de repetir as coisas que digo, mas hoje eu tô de bom humor. Dez vezes e não se fala mais nisso, ok?! Então vamos lá...

01.

02.
03. 04.
05.
06.

07.
08.
09.

10.

Estamos entendidos?

Originalmente postado no blog dos Malvados, do foda André Dahmer. E eu achei supimpa essa manifestação curta, grossa e torta pra esquerda sobre a importância do amor feita em São Paulo. O autor, que até então é desconhecido, teve a manha e tem minha admiração. Acreditem nele. Mas acreditem muito mesmo. É sério.

Zefiní, passa a régua!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Vai um strip aí?

Graças à minha última visitinha ao blog do Bennett, eu descobri uma maravilha do mundo de strips. Ao contrário do que a mente insana e poluída de vocês imaginou, eu não estou falando de strip tease, seus bobinhos.

Finalmente, depois de anos tentando acertar a mão nas minhas inúmeras aventuras frustradas desenhando quadrinhos, eu descobri o Strip Generator, um site que disponibiliza toda a estrutura de tirinhas - personagens bicho, personagens gente, objetos, traços, balões, quadros, etc - e o incompetente, tipo eu, vai lá e... PIMBA! Mete e texto e tá tudo pronto.

Mas eu sou brasileira e não desisto nunca. Mais que isso, eu sou atleticana e não desisto nem fudendo! Vou continuar tentando até conseguir ser feliz com desenhos feitos com as minhas próprias mãozinhas.

Enquanto isso, minha série feita no Strip Generator já tem até nome: #prontofalei, tag constantemente usada pela galera que desembucha alguma coisa que tá entalada na garganta. Foi ouvindo muita merda da boca dos meus queridos amigos que o adubo da vida se instalou na minha cabeça e germinou a idéia do #prontofalei.

A série #prontofalei é 100% reprodução das pérolas que eu ouvi ou falei e depois soltei ''Melhor do que ser surdo." Tem tanta coisa bizarra, engraçada, sem graça, nada a ver, triste, baranga e afins que eu acho que agora esse blog vai ser atualizado várias vezes ao dia. Não se assustem com a frequência de sexo, drogas, palavrões e sacanagem nos assuntos, ok?

Enfim, esta primeira tira tem tudo a ver com esse lindo início da minha carreira quadrinhuda e vai pra Lili, que apesar de ter casado, mudado e não me convidado, ainda mora no meu . Toma aí, sua baranga! Só clicar pra ampliar, ó raite?

.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Dancin' Days

Estava eu numa festa à fantasia brilhantemente vestida com minha roupitcha de Super Market quando minha amiga Juliana Versieux disse: "Ju, faz aquela pose da sua dancinha!" Eu, que sou uma menina muito dançuda, fiz. Aí, a Ju disse: "Agora dança!" Eu, que sou uma menina muito idiota, dancei. Tolinha que sou... A fedazunha tava era gravando.

Foi nesse dia então que minha dancinha super sexy ficou conhecida mundialmente, desbancando de uma só vez Globeleza, Fred Astaire, Carlinhos de Jesus, Ana Botafogo, Grupo Corpo, Madonna, todos os bailarinos russos, Justin Timberlake, Gretchen, James Brown, Beyoncè, Spice Girls, Beto Barbosa, High School Musical 1, 2 e 3, todos os grupinhos de pagode desde o Gera Samba, Serginho Mallandro, Chris Brown e mais um monte de gente.

Desenterrei esse vídeo porque hoje eu tô meio emo, filósofa de buteco, @melhoresfrases do Twitter ou similar. Hoje eu não vou xingar, nem criticar o mundo, nem falar de como as pessoas são cretinas e o amor cego e injusto, não vou caçar noivo, não vou discutir futebol nem dar receita de bolo, nada disso. Eu vim em missão de paz!

Hoje eu vim dizer que a gente tem que dançar, dançar, dançar, dançar muito! Dizem que a dança é linguagem da alma. Se é assim, minha alma só fala besteira, mas tá valendo! Dançar deixa a gente feliz demais e se é feliz que a gente tem que ficar, então vamos dançar bem barangamente como se ninguém tivesse vendo e é isso aí!

"A gente às vezes sente, sofre, dança sem querer dançar..."


Ao contrário do "Deu, né?" que eu disse no final da minha linda dancinha, não vamo parar não!

"Children, don't stop dancing! Believe you can fly!"

"Dance bem! Dance mal! Dance sem parar!
Dance bem! Dance até sem saber dançar!"

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Propaganda enganosa

Mentira isso aí, viu galera? Quem me dera ter um marido!

=)

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Eu fumo, mas não trago. Quem traz é meu amigo.

Desde que eu me entendo por gente eu convivo com fumantes sem o mínimo conflito. Eu sou uma fumante passiva no real sentido da palavra: fumo de tabela e não faço porra nenhuma contra isso.

Acho até que se eu fizesse, hoje em dia eu não teria família, amigos, trabalho nem vida social. É fato, existe mais fumante do que gente em qualquer lugar que eu vá. Eu não acho que eu tenho chances de morrer de câncer porque respiro essa fumacinha do capeta e não acredito que quem fuma terá tempo hábil pra isso também não.

O povo tá morrendo de coisas mais imediatas, tipo acidente de carro, bala perdida, crime passional, gripe suína, infarto fulminante e mais um monte de outras fatalidades que não escolhe entre a área de fumantes e não fumantes do mundo pra atacar.

Se você, fumante querido, não jogar cinza em mim, nem apagar o cigarro no meu braço, nem soprar a fumacinha na minha cara sabendo que meu nariz não funciona ou no meu cabelo diariamente lavado com os shampoos mais cheirosos do mercado, nem esquecer da balinha ou chicletinho entre o cigarro que você fumou e a tentativa de me beijar, nós podemos nos dar muito bem.

Caso contrário, eu vou te mandar fumar na puta que te pariu e ser obrigada a concordar com o mestre Adão Iturrusgarai:


Estamos entendidos?

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A que ponto chegou a gripe suína

Não é preconceito, é só uma questão de saúde pública.

domingo, 9 de agosto de 2009

Tattoo do bem, tá tudo bem.

Motherfucker: do inglês, quem fode mãe. E no bom português, quem fode a mãe da gente é o... Pai da gente, uai!

Portanto, no segundo domingo do mês de agosto, comemora-se o Dia dos Motherfuckers!

Sem sombra de dúvidas, a pessoa mais importante na minha vida inteira é o meu "pobre, velho e amado pai", como ele se auto denomina. Pensando num presente bem original, fui lá no Tattoo Network e resolvi fazer isso aí, ó:

Olha aí que belezinha de embrulho! Tem até lacinho!

Aposto que ele tava pensando: "Porra, ganhar um queijo é sacanagem!"

Tchanaaan! Paizão orgulhosão, com cara de "Eu que fiz!"

Eu como contorcionista sou um fracasso! Mas taí, o presente que eu dei pra eu usar!

Agora que vocês chegaram até aqui e querem saber por que raios eu decidi tatuar a assinatura do meu pai no meu pé e de onde veio essa idéia, eis a explicação:

Essa tatuagem pode significar muitas coisas. Pé é base, pai é base. Pé é o que dá suporte, é o que nos leva pra onde quer que a gente vá, assim como o pai da gente. Se a gente tropeça, é o pé que machuca; se a gente se fode na vida, é o pai que segura a onda.

Aconteça o que acontecer, a gente vai sempre andar junto e ele nunca vai sair do meu pé!

Mas simplificando, isso é só pra todo mundo ver que MEU PAI FAZ E ASSINA EMBAIXO.

Pai, te amo MUITO!

Zefini, passa a régua!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tudo azul

E o blog da Ju tá de cara nova! Mudar as coisas é muito bom, principamente quando vem de onde a gente menos espera ou quando a gente menos espera. Sei que a vida anda boa, se melhorar, melhora!

Pra ilustrar isso, olha que bacana esse vídeo aí. Signs, ou Sinais, é um dos vencedores do Festival de Cannes 2009. É um curta sobre comunicação muito lindo! Tem 12 minutos de duração, mas vale ser visto até o fim.

Esse video e o novo visual do blog têm tudo a ver. Afinal, se o Carlinhos é Brown e o Arnaldo é Branco, "o amor é azulzinho..."♫





♫"...corre e vai dizer pro meu benzinho um dizer assim:
o amor é azulzinho..."♫

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amigo é amigo, fedaputa é fedaputa.

E o Felippe Drummond é muito fedaputa.

Imagina um cara que te acorda em plena segunda feira e responde seu 'Alô!' com um 'Tá afim de ganhar dinheiro?' Aí o cara te propõe uma boa quantidade de merréis pra twittar notícias de um torneio de tênis. Mesmo não entendendo bulhufas de tênis, você aceita com cifrões nos olhos. Pois é, esse é o meu amigo Felippe Augusto Hanriot Drummond Neto, um cara que fez por mim praticamente isso aí, ó:

Até eu chegar aqui, na mesa da assessoria de imprensa do 18° BH Tennis Open, um torneio internacional cheio de crocâncias e muita ralação o tempo todo, foi uma saga incrível que eu certamente vou contar pra vocês depois. Mas o que não dá pra deixar passar batido desde agora foi o empurrão que esse menino me deu.

A ralação é muita e a missão é desafiadora, principalmente porque tudo que eu entendo de tênis é que o direito tem que ser do mesmo tamanho do esquerdo e que pra correr os melhores são os que têm amortecedor. Mas isso aqui tá muito construtivo, engraçado demais e uma experiência incrível.

Felippe, seu motherfucker, tá do meu lado escrevendo release e nem viu que eu dei um tempo no twitter (@bhtennisopen) pra dedicar minutos preciosos do meu dia mega corrido pra blogar essa bagaça à você.

Toma que essa é sua!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Feliz Tudo Flui

Descabacei. Debutei. Estreei. Arranquei o selo. Passei a primeira e arranquei. Liguei o conta giro. Apertei o start. Ou qualquer coisa parecida que sirva pra dizer que a primeira vez a gente nunca esquece.

Pois é! É com muita honra que eu, Juliana Meireles de Assis Machado, conto para vocês que virei gente grande e publiquei pela primeira vez.

A convite do meu querido amigo Dito Passos, participei da parte de revisão da revista Matura Idade e o trem saiu melhor que a encomenda. No fim das contas, depois de revisar os textos do pessoal fera da revista, acabou sobrando uma página e eu corri pro abraço.

A revista é especializada em 3ª idade, parte da vida que é chamada de melhor idade não por acaso. A galera já curtiu horrores, tá com o burrinho na sombra, viaja, dança, dorme, bebe e às vezes tá melhor que a gente, com 20, 30, 40 anos nas costas.

O título desse post é obra do Dito, é o que ele sempre diz nas melhores horas e acabou virando também o título da minha matéria. A entrevistada é ilustre, vive bem essas 3 palavrinhas mágicas e qualquer semelhança entre os nossos Meireles não é mera coincidência. Fazer o que se era justamente a minha avó que tinha o perfil que eu precisava na hora que eu precisava? Dessa vez passa. Mas só dessa vez. Tá bom, tá bom.

Enfim, a revista é nova, leitura leve, a proposta é bem bacana, ficou linda. Eu sou suspeita, mas não sou falsa modesta. Quem duvida, clica aqui pra ler então!

Bem, agora o caminho é sem volta. Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza ou na pobreza, até que a morte nos separe. A Matura Idade nos declarou 'Jornalismo e Jornalista'.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Praticamente a Santíssima Trindade

Em nome do Pai, do Filho, do Espírito Santo.

Amém.

A cerveja belga chama Deus e custa uns 200 merréis. O Guaraná Jesus é do Maranhão, um estilo de Pink Lemonade do 3° mundo. E a cachaça Santo Grau me deixou imaginando se esse nome tem a ver com o Santo Graal ou se é só uma forma de santificar a embriaguez mesmo.

Já pensou ter que pagar 200 pratas pra poder encontrar Deus por aí e ainda ter que reservar o dízimo mais os 10% do garçon? Divina falência.

No mais, eu só aceito ser xingada de herege ou coisa parecida por gente que foi batizado, fez primeira comunhão, crismou, vai à missa todo domingo, comunga, confessa, dá mais de 50 merréis pra sacolinha quando ela passa, já foi coroinha da paróquia do bairro e tem pelo menos 3 cds do Padre Marcelo Rossi autografados, além de um poster do Padre - e gato nas horas vagas -Fábio de Melo de cueca pra me mostrar.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Discovery Channel, pelo bem do casamento

Por que os homens traem? Procurando pela resposta dessa incógnita no deus da sabedoria moderna, o Google, encontrei aproximadamente 235.000 respostas em 0,05 segundo. Muito vago. Se fizermos essa pergunta a uma mulher, ela responderá com a veemência estúpida do senso comum feminino "Porque os homens são todos iguais." O detalhe é que a pergunta não foi sobre semelhança. E não, os homens definitivamente não são todos iguais. Perguntando isso a um homem, ele certamente responderá se auto acusando com outra pergunta. "Ah, vai me dizer que as mulheres também não traem?" O detalhe é que a pergunta é "Por que os HOMENS traem?" O 'x' da questão está na "Teoria do Leão".

Antes de explicar por que os homens traem, é bom lembrar que a intenção não é fazer juízo de valor sobre o assunto. Se você acha que quem ama não trai, que traição não ter perdão e outras coisas do tipo, pare de ler aqui e volte no dia em que você entender que amor e traição são coisas independentes. Traição tem a ver com ego, seja o ferido ou o inflado. Mas como eu já defendi a idéia de que traição é geralmente causada pelo traído no texto "Trair e coçar...", eu não vou voltar no ponto dos motivos que alguém tem pra trair. Outra diferença bem expressiva e que é muito importante frisar é o abismo que existe entre uma relação extra conjugal e aquela puladinha de cerca inofensiva. Isso aqui não é apologia ao adultério, vocês vão entender mais pra frente.

Então vamos ao que interessa, aos ensinamentos do Discovery Channel. Antes de começar, já adianto: não vale dizer "Que absurdo!" antes da hora nem cortar o meu raciocínio com coisas do tipo "Mas é a leoa que caça!" A teoria é minha, portanto eu vou contar do meu jeito.

Pois bem. Imagine um leão. Um leão selvagem, forte, vigoroso, vivendo livre na savana africana. A vida dele é quente, em alguns momentos ele está com o bando, em outros está sozinho e isso implica, principalmente, no duro que o leão tem que dar na hora que bate a fome. Quando o leão quer comer, ele tem o trabalho de encontrar uma presa, acuá-la, atacá-la, para finalmente comê-la. Todos os dias isso se repete. As presas são, obviamente, sempre diferentes, pois após cada refeição a carne fresca do dia já era.

Assim são os homens. A vida de solteiro é exatamente igual à vida do leão em seu habitat natural. A vida é quente, agitada. O cara é jovem, vigoroso. Em alguns momentos os amigos estão por perto, em outros o cara tá sozinho e é exatamente na hora de comer alguém que ele vai ter que se virar por conta própria. Neste caso, as presas dificilmente se repetem e os homens estão sempre incansáveis na luta por carne fresca. Mas um dia isso acaba, tanto pro leão quanto pro cara solteiro.

Um dia, algum zoológico do mundo vai lá na África e captura o leão. Aquele bichão que corria solto e sem limites nos campos africanos agora terá que se adaptar a morar numa jaula apertada, estranha e sufocante, diferente de tudo que ele já havia vivido. Caçar vira coisa do passado. Todos os dias o veterinário leva a melhor carne do zoológico e serve para o leão. A carne já chega morta, sem pêlos, sem resistir às garras afiadas do predador, sem exigir o mínimo esforço.

O zoológico é exatamente o casamento e a esposa é a melhor carne. Um dia uma mulher vai pegar o homem que tá correndo livre e sem limites e vai colocar o sujeito dentro de uma jaula dourada, em forma de aro, utilizada na mão esquerda, no dedo anelar. Assim como o leão, o cara achará aquilo estranho, diferente de tudo que já viveu e também terá a mesma a carne disponível todos os dias, a qualquer hora e sem o menor esforço.

Acontece que o leão pode até ter ido parar no zoológico, mas ele não deixa de ser leão por causa disso. Ele tem a necessidade natural de caçar, isso é instintivo. Da mesma forma, um homem pode até casar, mas ele não deixa de ser homem. A necessidade de se auto afirmar sempre viril é natural, é tão instintiva quanto a do leão.

Para que o leão possa cumprir seu instinto, de vez em quando o veterinário solta dentro da jaula um cachorro vivo pro leão caçar. O leão corre atrás do cachorro, pula em cima, ataca ferozmente como é de seu feitio, come o cachorro e fica satisfeito. Depois disso, deita e dorme tranquilo. No outro dia, acorda pronto para receber a deliciosa peça de carne que o veterinário tem para oferecer. Afinal de contas, mesmo que aquilo não seja comum de sua natureza, o leão não é retardado e sabe reconhecer que nunca encontraria aquela carninha de primeira dando sopa no meio de um campo na África. Portanto, correr atrás do cachorro é só pra lembrar os velhos tempos. O leão gosta de vida que tem no zoológico.

Mais uma vez, o comportamento dos homens é exatamente igual ao dos leões. A fim de reafirmar sua virilidade e poder de conquista, às vezes um homem precisa se render ao instinto de correr atrás da cachorra que eventualmente cruza seu caminho. Muitas vezes o cara nem quer, mas não dá pra deixar um estímulo à verdadeira essência predadora masculina passar batido assim. Então ele vai lá, tem o trabalho de se fazer notar, depois conquista, acua, vai pra cima, come e volta pra casa satisfeito e até mais motivado por saber que ainda está em condições de caça. Depois disso, dorme tranquilo esperando que aquela carne sempre disponível e de altíssima qualidade que ele chama de esposa o acorde no outro dia. Afinal de contas, ele sabe que carne como a que ele tem em casa não se encontra fácil por aí e a cachorra que ele correu atrás pra comer não passa de um passatempo barato e bobo, só pra lembrar os velhos tempos.

Na maioria da vezes, casamentos são arruinados por causa do julgamento equivocado que as esposas fazem de um traço característico dos homens, confundindo relação extra conjugal com a tal pulada de cerca. Os meus avôs eram assim, os avôs deles com certeza também eram e certamente meus netos também serão. Tentar mudar isso é totalmente em vão. Dentro de um limite sadio isso até ajuda a melhorar um relacionamento que talvez esteja desgastado com o tempo, indicando o que realmente importa e mostrando como somos adaptáveis a novos modos de vida, como certas coisas nunca mudam e não adianta lutar contra elas. Se as mulheres tivessem mais atitude, tirassem o controle remoto da mão de seus maridos que só assistem SporTv e ESPN para assistir mais o Discovery Channel, muitos divórcios seriam evitados.

sábado, 4 de julho de 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Férias começam com fé

Vai dizer que não é? Invariavelmente as férias começam com fé. Vai dando o fim do semestre, últimos dias de aula, semana de provas finais e a vida em qualquer instituição de ensino do Brasil vira um legítimo Deus nos acuda.

E bota Deus nisso! Aquele povo que não faz nem o sinal da cruz pro lado certo começa a rezar pra tudo dar certo, dizer que se Deus quiser vai passar sem pegar especial em nada e por aí vai. Eu tô cansada de dizer que Santo Expedito e São Judas Tadeu, santos que pelo que me consta resolvem as causas urgentes e impossíveis, ficam muito atarefados nessa época do ano. Ainda que eles não tenham o hábito de corrigir prova, no fim das contas todo mundo entra de férias. Eu já estou nessa vida desde o dia 19 de junho e só saio no início de agosto. A gosto de Deus, claro.


SEM PROFESSORES. SEM HORÁRIO. SEM AULA. SÓ DIVERSÃO.

Beijo da Ju!

sábado, 27 de junho de 2009

I wanna rock 'n roll all night and party every day! ♫

Essa música do Kiss resume fácil o que eu escrevi em milhares de caracteres respondendo uma pergunta que eu vi no site da revista Ragga. A Ragga tá comemorando 4 anos e lançou uma promoção para os leitores sobre qual foi o aniversário mais esperado da vida. A minha resposta foi uma ótima oportunidade de explicar porque eu tenho essa mania de comemorar tanto o meu aniversário ao longo do ano.

Para quem gosta dos meus textos gigantescos, esse post tá um prato cheio. Quem não é fã da minha empolgação pra escrever, passa depois. Já aviso adiantado os temas dos próximos textos. Atendendo à pedidos, vem coisa aí sobre Twitter, traição masculina e a liderança do meu Galo mais lindo do mundo no Brasileirão. Quem já cansou em dois parágrafos, até logo. Mas se for continuar, não esqueça de deixar parabéns nos comentários. =]

"De ano em ano, no dia 19 de novembro eu comemoro mais 365 dias de vida. Até então, já rolaram 20 festinhas bacanudas e todas foram extremamente esperadas. Seria muito clichê responder que o meu aniversário de 18 anos foi o que me causou mais ansiedade. Na verdade, não foi. E eu continuei fazendo as mesmas coisas que fazia antes, só que ouvindo a piadinha ''Agora você pode ser presa!'' Não que meu comportamento precise de ser controlado por punição policial, mas essa piada ridícula é tão inevitável quando se faz 18 anos quanto ouvir ''É pavê ou pacumê'' nas festas de família.

Ao meu ver, comemorar 1 ano de vida em 1 dia de festa é completamente impossível. Juscelino Kubitschek life style de 50 anos em 5 não rola pra aniversário. Mesmo porque você não passa o dia todo comemorando. Tem a parte que você está dormindo, por exemplo. Chutando baixo e com otimismo, o aniversariante acorda às 7 da manhã para ir pra aula ou pro trabalho. Temos aí 17 horas restantes de comemoração. Aí vem o tempo gasto no deslocamento, seja de carro ou de ônibus e nas atividades de rotina, como almoçar e tomar banho, por exemplo.

O motorista do carro ao lado não vai descer enquanto o sinal estiver fechado pra te dar um abracinho camarada. E eu duvido que alguém entre no ônibus dizendo ''Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando. Mas não! Estou aqui humildemente fazendo aniversário. Gostaria de oferecer a vocês a chance de me dar um abraço. Agradeço a atenção de todos, fiquem com Deus.'' Enquanto a gente come, se tiver alguém conosco e se essas pessoas tiverem boa educação, os nossos acompanhantes não falam de boca cheia. Portanto nada de ouvir ''Parabéns!'' nas refeições. Banho dispensa comentários. Amo vocês amigos, mas podem deixar que eu esfrego minhas costas sozinha, tenho uma bucha com cabinho que minha tia me deu.

Porra, que horas vem a comemoração então? Normalmente a gente só corre literalmente pro abraço no fim do dia. 7, 8, 9, 10 horas da noite em tal lugar a galera se reune pra comemorar o dia do seu aniversário. Ah! Por favor, né? Isso é exatamente como um torcedor chegar ao estádio para assistir o jogo aos 48 do segundo tempo. A comemoração acaba ficando com o que sobrou do dia. E não me venham com aquela história de gente bêbada e chata que diz ''se eu ainda não dormi, ainda é hoje'' quando dá meia noite. Queridos amigos egocêntricos que acham que o calendário do mundo vai de acordo com horário que bate sono em vocês: acordem pra vida!

Minha saída para as poucas horas do dia que me restam para comemorar meus anos em festa - eu e esse meu vício com trocadilhos baratos - é comemorar toda vez que eu vou para algum lugar legal. Chego no lugar e falo que é meu aniversário, meus amigos cantam parabéns pra mim, recebo vários abraços de pessoas cheirosas, os garçons me atendem com mais sorrisos que o normal, afinal aniversariante tem essas mordomias e pronto, fico feliz. É meio que comemoração parcelada, em doses homeopáticas.

Quinta passada fui ao show do Zoom Bee Doo - projeto paralelo dos caras do Tianastácia. MUITO bom, recomendo! - no Estúdio B. Quando o Podé perguntou ''quem tá fazendo aniversário aí?'' eu gritei EEEUUU mais alto que os aniversariantes reais. Resultado: subi no palco, pedi música, sambei ao som de 'Eu bebo sim', fiquei chegada dos outros dois aniversariantes, Bárbara e André, e me diverti horrores com os caras da banda.

O detalhe é que no último show dos caras que eu fui, eu fiz a mesma exata cena de aniversariante empolgada. Recebi a mesma atenção e comemorei do mesmo jeito. Claro que no fim das contas eu acabo contando que meu aniversário é em novembro e todo mundo cai na minha pele me chamando de picareta, canalha, cafajeste e similares. Sábado passado no show do U2 MG também no Estúdio B, foi a mesma coisa. Quatro músicas dedicadas a mim e um belo ''a sua cara não queima?'' dito pelo vocal da banda, Marcelo Antunes, no final.

A resposta que eu não canso de dar pra quem me pergunta porque eu tenho esse Transtorno Obcessivo Compulsivo por aniversário, além da justificativa de que um dia é muito pouco pra um ano, é simples. Quer coisa melhor que comemorar a vida? Tô aí, estudando o que gosto pra trabalhar no que quero, trabalhando num lugar legal que me dá dinheiro pra eu me divertir nos finais de semana, saindo com meus amigos nos finais de semana para curtir a companhia deles e assim sucessivamente. Será que eu realmente deveria esperar 364 dias pra celebrar as coisas pelas quais eu agradeço pelo menos duas vezes por dia, assim que acordo e antes de dormir?

O meu aniversário mais esperado é sempre o final de semana seguinte. Porque o negócio é comemorar a vida."

"Celebrate we will 'cause life is short but sweet for certain!''
Dave Matthew's Band - Two Step

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A vida em quatro garrafas.

Tô aí nas duas do meio e espero ficar por um bom tempo. Os dois tipos intercalados, pois se alguém já inventou algo melhor que Coca Cola pra curar ressaca, fez e guardou só pra ele.

Um brinde ao malte, à cevada, ao lúpulo e à coca!

Beijo!

terça-feira, 16 de junho de 2009

Má distribuição de recursos é foda.

"Homem é igual a trabalho. Você fica um tempão sem. Quando aparece um, aparecem vários. E você não consegue dar conta de todos."

Certo que nem dedo no nariz.

Beijo da Ju!