quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Recordar é viver

Putz grila, não consegui me conter. Vou ter que escrever sobre a lavagem cerebral musical a que fui submetida hoje. Meu último dia do ano começou cheio de bizarrice. Primeiro de tudo eu acordei hoje não era nem 7:30 da manhã, acontecimento inédito no mês de dezembro inteirinho. E isso porque ontem fui dormir era mais de 4, depois de beber como um gambá na casa do Bob. Acordei sem ressaca e às 7 da madrugada??! Coisa estranha... Aí perdi o sono e fui ver televisão. Lembrei que pelo horário deveria estar passando alguma coisa bacana na MTv. Nada de Britney, nada de Akon, nem Fresno com Chitãozinho & Xororó, muito menos aquele assassinato da música brasileira que é Calyspo cantando com Os Paralamas do Sucesso. Antes das 8 da manhã rola o Lab Clássicos, com aquelas músicas que fazem seu coração palpitar de alegria de tocarem depois de tanto tempo.

Porém, a primeira música que ouvi no meu dia foi nada mais nada menos que Bad Touch do Bloodhound Gang! What the fuck?! ''Blood o que de quem?'', você deve estar se perguntando. Bloodhound Gang, aqueles dementes que fizeram um clipe vestidos de macacos, cagando e comendo bosta em Paris, com o anãzinho que corre pela cidade, é atropelado e se alegra com isso! Ah, vai dizer que ainda não lembrou?! Vamos cantar então... ''You and me baby ain't nothing but mammals! So let's do it like they do on the Discovery Channel!'' Aaah, lembrou né? Pois eu não penso em outra coisa o dia inteiro! A música grudou na minha cabeça e eu estou desde as 8 da manhã com essa praga instalada no meu cérebro! Pra piorar fico andando pela casa fazendo a coreografia dessa merda, aquele movimento dos bracinhos similar ao créu! Puta que pariu!

Depois dessa coisa esdrúxula invadir meus pensamentos eu ainda consegui ter um momento de reflexão. Juro que na minha cabeça veio ''olha só, os caras tão aí na
merda, se fodendo ou nem fodendo, fazendo papel ridículo e saem rindo!'' Coisa boa de pensar no Ano Novo. Afinal de contas, a gente se fode na vida, tá tudo uma merda, mas dá pra divertir e o importante é isso. Isso ainda foi reforçado pelas duas músicas seguintes, aquela da casinha de sapê do Kid Abelha e Ironic, da Alanis. Quando pensei que minha sanidade mental já estaria comprometida no dia de hoje começa... ''MMMMMbop, tchu bi da ba do pa tchu ru ra pa thcum pa ti bi dá pa tchu yeah yeah!''

Não acreditei no que meus olhinhos viam! A minha cabeça teria que comportar duas músicas chicletes em um dia só??! Quem lembra dos irmãos Hanson, aqueles meninos loirinhos que pareciam paquitas macho e tinham voz de gaita? Pois é, eles mesmo tocando acústico! Me senti com 7 anos de idade! O Hanson pequenininho da bateria ainda era pequenininho mesmo, tinha dentes de serrinha! O cabelo deles ainda parecia arrancado da bunda pra pregar na cabeça, não tinha esse aspecto de escova progressiva de hoje em dia. Como diz André Dahmer, ''venderam seus idolos''. Só fico puta que até hoje não entendo porra nenhuma do que eles falam a não ser o tal ''MMMMMMbop... thubirabaduuu!'' mas mesmo assim tô rindo igual uma retardada aqui...

E não parava de passar coisas estranhas na minha televisão! Eis que surgiu Iggy Pop sem camisa na minha tela! Quanta feiura! No auge de seus 257 anos (de carreira), Iggy magrelinho, cabelo pro lado parecendo um emo, calça rasgada se achando um jovenzinho e sem camisa, aff! Até reparei pra ver se achava umas cicatrizes de ponte de safena naquele chassi de frango dele, mas na hora ele começou a gritar ''Candy, Candy, Candy I can't let you gooo!''

Neste momento eu desconcentrei totalmente de tudo. Não conseguia prestar atenção em nada. Desisti de escrever um bom texto de ano novo que aliás ficou mesmo uma bosta, desisti de limpar minha mente das músicas grudentas... Acho que meu cérebro parou por três segundos. Eu já estava cantando ''Mmmmbooop Candy I can't let you go to the Discovery Channel!'' O caso foi grave! Imagina se começa a tocar Spice Girls e seu ''I'll tell you what I want what I really really want!'' Iiihuuuuuul! Fudeu! Já colou... Aí desliguei a televisão e dormi de novo...

2008: Game Over

No post de hoje o assunto não poderia ser diferente. Aliás, poder poderia, mas eu gosto tanto do Ano Novo que eu vou usar letras maiúsculas e despensar alguns minutos do meu dia pra falar sobre ele. Tenho preguiça do Natal e entusiasmo pro Ano Novo nas mesmas proporções. Todo mundo que ouve isso de mim me pergunta por que e ainda emenda uma filosofiazinha de buteco, dizendo que não há nada demais no Ano Novo já que ''todo dia é dia de recomeçar''. Uau! Depois dessa consigo até ouvir ao fundo algo do tipo ''hoje é um novo dia de um novo tempo que começou, nesses novos dias as alegrias serão de todos é sé querer! Nossos planos serão verdade, futuro já começou...'' Lavagem cerebral? 'Magina...

Eu até concordo com quem diz que todo dia é dia de recomeçar. Mas pensar em fazer as coisas assim, no espaço de tempo de 24 horas, é pressão psicológica demais pra mim. Um dia dá pra fazer muita coisa mesmo. Dá tempo de tomar 3 banhos, fazer 5 refeições, trabalhar por 8 horas, perder umas 2 horas no percurso, dormir por aproximadamente 6 horas e mais uma porrada de coisas. Mas é o conjunto de várias 24 horas que mudam a vida da gente. ''Don't you know that Rome wasn't built in a day? Hey, hey, hey..." Os grandes feitos da vida da gente são lembrados pelos anos. É sempre assim... O ano em que eu tirei carteira, o ano em que eu comecei a trabalhar, o ano em que eu comprei meu carro, o ano em que casei, o Carnaval daquele ano foi bom demais, tal ano no colégio foi o melhor de todos. Entrei na faculdade em ano tal, naquele ano formei, viajei pra tal lugar no meio daquele ano e no outro não pude ir porque estava fazendo não sei o que. As Copas do Mundo são lembradas pelos seus anos, as épocas músicais são marcadas por anos. Um ano é tempo bastante pra gente ter férias, fazer aniversário, começar namoro, terminar namoro, passar um carnaval inesquecível, contar e esperar ansiosamente pelos feriados, ir a várias festas juninas, começar a estudar alguma coisa, terminar de pagar alguma outra coisa e porraí vai.

Tá certo que as promessas que a gente faz nem sempre se cumprem. Promessa de Ano Novo é um trem bem vagabundo, não vale muito coisa não. Se você quer fazer alguma coisa diferente realmente não precisa esperar uma virada na folha do calendário. Vai lá, faz e pronto. Nesse ponto eu concordo com quem diz que podemos recomeçar a cada dia. Mas eu acredito que o bacana do Ano Novo é pensar nas chances, nas oportunidades. Ano Novo dá uma injeção de ânimo diferente na gente. Cada vez que um ano começa eu penso que posso ser uma melhor aluna, posso viajar pra cada vez mais longe, posso juntar mais dinheiro, posso crescer de vários modos. Ok, menos na altura. 1,56m forever! Mas, o pensamento principal na verdade é no Galo. Todo janeiro meu coração atleticano se enche de alegria e pensa que tudo será diferente, que meu Galo mais lindo do mundo vai me encher de orgulho! Mentira. Na verdade eu sempre penso: esse ano eu arrumo um namorado!!! Mas tá foda! Não sei o que tá mais difícil, o Galo ou o namorado... Ai ai!

Enfim, talvez isso mude ano que vem, já que o ano é dois mil in love. =] Já sei, minha piadinha foi tosca, porém extremamente sincera. Desejo de coração mesmo que o ano de todo mundo seja bem bacana. 2008 foi duro pra muita gente que eu conheço, ano que vem tem que trazer alívio pra galera. Dessa vez vou dizer Feliz Ano Novo, ao contrário da semana passada, porque agora eu acredito que meus votos sejam realmente para que existam dias melhores. E lembrem-se: quem se contenta com pouco é mulher de japonês. Vamos correr atrás do melhor todo dia mesmo, até o gás parecer chegar ao fim e você ver a luzinha no fim de um túnel chamado dezembro. E é por isso que a gente vive.



FELIZ 2000 INOVE!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal de saco cheio

''Que frase forte, Ju. Ei Gra, gostou? Sim... Eu também adorei, mas não é minha. É do Arnaldo Branco. Eu me apropriei dela, mas tá entre aspas. Muito forte... Cadê o espírito natalino? Acabou quando eu fui comprar...''

Comecei uma conversa com uma amiga hoje dessa forma. A frase? ''E não vou desejar feliz natal: felicidade é pra quem corre atrás, desejar de bobeira é contraproducente'' - Arnaldo Branco. O cara é até legal, no fim das contas soltou um ''tô zuando, boas festas aí''. Mas eu acho que parando por ali tá bom. Faça você com que seu Natal seja feliz e estamos entendidos. Na verdade, eu não odeio o Natal tanto quanto parece. Eu simplesmente acho chato. É um saco, o todo ano a mesma coisa. Mas não adianta eu tentar explicar isso pra minha avó que faz questão da coisa toda nem pros meus priminhos e dizer que o Papai Noel é um gordo malandro e não existe, então eu participo. Eu, por exemplo, gosto de dar presentes por achar que alguém mereça e relevo os desentendimentos porque acho que devo, não por causa de uma convenção de calendário. É muito gasto, muito desperdício, muita correria pra uma noite que até cumpre o seu propósito de unir as pessoas, mas que faz isso de uma forma extremamente desviada do que deveria ser. Não vou nem voltar nesse ponto, não vou falar de novo de como vermelho me irrita, nem do capitalismo, nem de nada dessa linha de raciocínio. Mas pensa comigo no tanto que Natal é repetitivo...

Pra começar vem a idéia de fazer a tal gracinha do amigo oculto. Todo santo ano eu só levo ferrada nessa coisa. Participo por masoquismo. Já dei um par de sandálias pra ganhar um panetone. Pensei em devolver a caixinha na cabeça da menina que me deu, mas me seguraram. Já dei um relógio que quase tive que pagar com as minhas córneas pra ganhar uma caixa de sabonetes. Nesse último aí eu ainda tive que ficar ouvindo as pessoas me dizerem pra gostar do presente, porque ele era bom, os sabonetes eram da Natura. Puta que pariu, pelo menos isso, né? Se eu ganhasse Lux no Natal seria muiiiita sacanagem.

Melhor até mudar de assunto. Aliás, falando em assunto, tem coisa mais chata que fazer social com aquela parte da família que você só vê em enterros, casamentos e claro, no Natal? É uma perguntação nada a ver e pior, as perguntas são as mesmas do ano passado e com certeza as mesmas do ano seguinte. 'Estudando muito?', 'E o namorado?', 'Você já está com quantos anos? Nossa, te carreguei no colo...', 'Tá gostando do seu curso na faculdade?', 'E o seu Galo, hein?' Puta que pariu de novo! Dá vontade de responder, ''não, eu não estou estudando muito porque graças a Deus no dia 24 de dezembro eu já estou de férias há mais ou menos um mês! E minha idade? Acrescente um ano ao número que te respondi ano passado! Namorado?? O Natal fica a dois meses do Carnaval! Como assim namorado? E eu odeio meu curso na faculdade! Estou quase formando mas ainda não tenho certeza se é isso que quero, o grande lance é torrar o dinheiro do meu pai mesmo!''

E a culinária natalina? Meus Deus, quanta aberração! Ceia de Natal é um negócio tão icônico que despensa explicações. Aquele monte de comida de propaganda da Sadia, mil pratos diferentes em cima da mesa, é tanta coisa que o povo quase senta no chão por falta de espaço. Mas um comentário é inevitável: o cara que inventou de misturar coisa doce com salgada é um demente! Lombo com abacaxi? Arroz com alho e banana? Farofa com nozes? Figo com tender? Eca, eca, eca, eca! É impensável dar uma garfada numa salada e enfiar na boca um pedaço de manga, um de queijo e uma azeitona ao mesmo tempo. Numa boa, não dá. E superado o trauma dos pratos principais, é impossível ignorar a inconveniência da piadinha do pavê. Puta que pariu mais uma vez! Ninguém ousa fazer esse maldito pavê pra ceia mais. O negócio agora é mousse, torta, capeta doce, sei lá o que! Mas a infeliz da piadinha ainda sobrevive!

O Natal é isso aí, sempre muito previsível. Só mudam as roupas das pessoas. Mesmo cardápio, mesma marmelada no amigo oculto, mesmas mensagens, mesma programação de filmes na tv, mesmos vexames nas festas de fim de ano das empresas, mesmas reportagens no jornal sobre a super lotação dos shoppings e sobre o dia seguinte, dia mundial da troca. Eu teria uma infinidade de razões pra explicar porque o Natal é chato. Todo mundo conhece tragédia de dia de Natal e cisma de contar bem no dia, tem aquela coisa de sentir saudades de quem não tá mais aqui, a deprê baixa... enfim, um saco! Passei a minha vida inteira achando que Natal era dia 24 e que o dia 25 era feito pra curtir ressaca e experimentar os presentes. É realmente isso, mais um almoço de comidas de ontem ou, na melhor das hipóteses, um churrasco. Claro que gosto mais do dia 25. Mas agora que esse spam em forma de data comemorativa passou e só vai voltar a me atormentar daqui a uns 10 meses eu posso falar do Ano Novo em paz! Esse sim mora no meu coração! Mas é claro que fica pra outro dia, porque uma data tão bacana não merece ser apenas um assunto de ressaca de Natal... Aguardem cenas dos próximos capítulos.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Querido Papai Noel...

Foi-se o tempo em que as menininhas pediam bicicleta rosa de cestinho na frente no Natal...




Aee! Feliz Natal de saco cheio! Ho ho ho ho! (Só clicar pra aumentar)

Sem piadinhas do tipo ''é auto-biográfico?'', ok?

=]

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Nunca confie em Estranhos

Dica pro final de semana: NÃO assistam ao filme ''Os Estranhos'' (The Strangers, 2008 - Paris Filmes).


Sexta-feira passada eu tive a desagradável experiência de gastar 85 minutos do meu precioso tempo assistindo a essa merda em forma de película, na companhia de minha amiga Andressa. O combinado era assistir Madagascar. Mas como eu cheguei em cima da hora, não rolava de entrar já na parte dos traillers. Eu com esse cabelo ia causar nas crianças a impressão de que Alex, o leão de Nova York, tinha saído da tela.



Na verdade, quando cheguei fui logo advertida: ''Madagascar é dublado, vai encarar?'' Nem debaixo de tapa. Filme dublado é o ó do borogodó. ''Tem aquele ali ó, Os Estranhos, começa em dez minutos. Anima?'' Eu animei na hora. Olhei pra parede em que ficam os cartazes e só vi a foto de um gordinho com mais duas pessoas, uma de cada lado. E em cima da cabeça deles estava escrito algo do tipo ''eu ri, eu chorei, ótimo filme!''



Comprei uma água mineral e entrei pra sala pensando que o nome do filme era kind of preconceituoso. Sacanagem chamar o cara de estranho só porque ele é gordinho. Eu vivo dizendo que gordo só faz gordice, mas eu não pego pesado nem sacaneio nenhum deles chamando de estranho. Isso ficou na minha cabeça. Mas tudo bem, entramos pra sala. Lá dentro devia ter no máximo mais 4 pessoas. Até o filme começar acho que chegaram mais umas 3. Só aí já deu pra sentir a ruindade do filme, né? Entre um trailler e outro ficamos conversando, reclamando do ar condicionado climatizado estilo Sibéria e na minha cabeça eu estava prestes a ver uma comédia de gordinhos excluídos, Os Estranhos. Mas os traillers não estavam muito condizentes com uma comédia besteirol. O único que me lembro de ter prestado atenção foi ''O menino do pijama listrado'', que aliás parece ser excelente. Fiquei mais intrigada ainda.



Em determinado momento, sumiu o escrito trailler do canto da tela e apareceram umas coisas do tipo ''na noite do dia tal, na casa de campo da família Hoyt, um assassinato blá blá blá, blá blá blá fatos reais.'' Obviamente e mais uma vez, o pensamento de WHAT THE FUCK?? me veio. As primeiras cenas do filme mostravam um carro de vidros quebrados, duas crianças com cara de paisagem na frente de uma casa de campo que estava com a porta aberta, petálas de rosa no chão, uma faca daquelas grandonas de cortar lombo no almoço de domingo e uma caixinha de anel. Ao fundo, uma voz desesperada de alguém chamado Jordan falava com a atendente do 911 sobre gente morta e sangue na parede. Neste momento, peguei meu ticket, conferi o nome do filme e o número da sala. Eu estava na sala certa. A gordice da vez foi feita por mim, que olhei pro cartaz errado. Mais tarde fui descobrir que eu tinha enxergado o cartaz de ''Colegiais em Apuros'' quando olhei procurando tal dos fucking Estranhos. Ai que burra, dá zero pra ela!



O filme começou bem, fazendo aqueles mini-flashbacks, estilo Ruy e Vani nos Normais. Aí apareceu a gatíssima da Liv Tyler, que meu lado lésbica olha e diz ''quanta crocância'' e um cara que era bonitinho quando estava sério. Quando ele ria ficava feio, porque os dois dentes da frente do cara pareciam aquelas bandeirinhas de festa junina. Mas tirando isso, o tal Scott Speedman é uma crocância também. Eu pego fácil, é só ele insistir.



Voltando ao filme, a história é a seguinte... Vou contar tudo mesmo, estilo estraga prazeres. Um casal sai de uma festa e vai passar a noite numa casinha no meio do mato, afastada de tudo e de todos. Acontece que o clima não tá lá dos melhores entre os dois. Depois do primeiro mini-flashback, sabe-se que o cara pediu a mão da tilanga em casamento e ela não aceitou (Ai que burra! Dá mil zeros pra ela!). A ida pra tal casinha seria pra comemorar o pedido, caso ele tivesse sido aceito, claro. O fofo havia preparado tudo: rosas na banheira, champagne e taças, musiquinha ambiente, essas viadagens todas. Só que não adiantou de nada. A mocinha não parava de chorar, o cara tava com brochada irreversível, era uma noite perdida. Mas como não existe nada ruim que não possa ficar pior, lá pelas 4 da manhã uma loira ''estranha'' bate a porta da casa procurando por uma tal de Tamara. Como não tinha ninguém com esse nome, os dois despensam a baranga. Neste momento, a amorada nota que está sem cigarros e o troxa do namorado sai pra comprar. Depois dessa cena tive certeza do quanto cigarro faz mal a saúde.



Bastou o rapazinho sair por um lado, o terror entrou pelo outro. Mas não o terror aterrorizador. O terror de ''que filme terrível.'' Primeiro, eu pensei que por se tratar de um casal brigado instalado no meio do nada, o cara ia matar a mulher só porque ela não quis casar com ele. Mas quando eu menos esperava, surge uma criatura atrás da mocinha. Aí pensei que fosse um espírito. Nada disso, era um cara com um saco na cabeça. Uau! Neste momente eu assumo que soltei um ''puta que pariu.'' Mas não era medo. A Andressa leu minha mente na hora. ''Ju, quantas cervejas a gente compra com 6 reais?'' Eu me esforcei e fiz a conta. ''Ah, acho que umas 5, juntando os seus 6 com os meus 6.''



Continuando com minha sinopse party pooper. Os estranhos mascarados começam a aterrorizar a mulher. Antes era só o cara de saco na cabeça. Aí volta a loira medonha que tava procurando a Tamara e aparece uma outra tilanga do nada com máscaras bochechudas. Eles ficam batendo na porta, dando golpes de machado pra tentar abrir, escrevem com sangue nas janelas e apesar de serem de carne e osso, eles desaparecem como se fossem um peido. A mocinha tenta ligar pro namorado, mas o sinal do telefone é cortado. Aí ela pega o celular e põe pra carregar. Do nada o celular some e aparece queimando na lareira. Sublimou, né? Só pode. Aí quando o namorado volta e entra em casa, pensa que a namorada ficou doida. Depois quando vê que o bicho está realmente pegando, nota que esqueceu o celular no carro e vai até lá buscar o negocinho do capeta, como eu já expliquei anteriormente, pra ligar pra polícia. Quando chega no carro, o celular não está lá. Volta pra casa e o celular está onde? Em cima da lareira destruidora de celulares, e sem a bateria.



Daí pra frente, só dá os três mascarados botando o terror na casinha. Diálogo que é bom, nada. O povo grita, geme, corre, rasteja, esconde, mas não fala! Ai que agonia! O filme segue com erros de continuidade que gritam. A garrafa de champagne que o cara jogou no mato aparece em cima da mesa de jantar. Quando a mocinha corta a mão na faca, o namorado bonzinho tira a gravata e enrola pra fazer parar de sangrar. 2 segundos depois, cadê a gravata? No fim das contas, o casal é torturado a noite inteira pra ser assassinado no outro dia de manhã. Nas cenas finais, os estranhos tiram as máscaras, mas a cara deles NÃO aparece. Eu juro que isso me cheirou a ''Os Estranhos 2''. Tomara que eu esteja completamente enganada.



Pra me dar mais raiva dessa merda de filme, na cena final os dois meninos com cara de paisagem que eu falei no início entram na casa e acham o casal mais um cara que levou um tiro na cara por engano - era o melhor amigo do namorado, que apareceu de surpresa e tomou uma bala no nariz só pra aprender a ficar esperto. Aí quando o menininho se aproxima da mulher, que tinha apanhando mais que suvaco de aleijado a noite inteira e levado mil facadas na barriga ao amanhecer, a filha da puta grita! COMO ASSIM?! O resultado disso: com esse susto não sei como, mas consegui gritar e morder a língua ao mesmo tempo, e doeu muito! Isso como se já não bastasse a dor nas costas que ficar encolhida na cadeira por causa do ar condicionado mortífero me causou. Ah neeeem... Só uma ressalva: esse lixo é inspirado em fatos reais, o que é bem diferente de baseado em fatos reais.


Moral da história: nunca mais chego atrasada numa sessão de cinema.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

sábado, 13 de dezembro de 2008

E o Kiko?

Sou obrigada a concordar com o fantástico Millôr Fernandes quando o cara diz que ''quando todo mundo quer saber é porque ninguém tem nada com isso.''


Essa semana li uma série de coisas que me fizeram pensar mais uma vez no papel ridículo a que certos jornalistas se prestam. Quando entrei na faculdade rolaram algumas dinâmicas manés do estilo ''fale sobre vc: por que escolheu este curso?'' Apareceram várias respostas. ''Sou muito curioso (a)'', ''gosto muito de escrever'', ''adoro ler a coluna da Lya Luft na Veja'', ''me interesso por informação.'' Eu, como sempre, fiz cara de deboche pra maioria delas. Lembro que a minha resposta foi curta, grossa, clara e objetiva: ''eu gosto é de criticar. Eu realmente acredito que se você procurar o ridículo em tudo, em tudo o encontrará.'' Dizer que eu critico não significa que eu sempre fale mal. Existe aquela cultura besta da crítica construtiva também. O nome disso pra mim é bem mais simples: elogio. Aliás, umas das definições de criticar é apreciar. Mas tudo bem, não vou começar a defender pontos de vista semânticos no segundo parágrafo, isso fica pra depois.


No início do curso o povo acha que pra ser jornalista basta gostar de escrever e que sua função profissional é a única e exclusiva transmissão de informação. Ledo engano. Pra começar essa tal informação é quase um remedinho vagabundo. A mesma composição pra alguns faz um bem danado, em outros causa efeitos contrários e principalmente: é vendida em qualquer esquina. Com o tempo a gente descobre que informação não é aquilo que é de interesse comum como nos ensinam e como deveria ser. Na verdade, ela é aquilo de interesse de quem te paga ou de quem paga quem te paga, seja isso pra beneficiar ou pra fuder alguém. Aliás, beneficiando um lado você automaticamente prejudica o outro.


Aí, por causa dessa cadeia de interesses e finanças, o cara que passou no mínimo 4 anos da vida dele estudando pra ter um diploma de comunicólogo, trabalha no cargo de fofoqueiro profissional. Puta que pariu. É o cúmulo do absurdo ver ex-bbb fazendo matérias por aí, mesmo que sejam as mais toscas, enquanto jornalistas de verdade recebem pautas na Caras sobre a estadia do cachorro da Vera Loyola no spa pra desestressar. É revoltante ver a galera editando receita de bolo na revista Ana Maria. É ridículo pensar que o cara deu um duro danado pra conseguir formar e aí vai correr atrás da Luana Piovani pra saber se o namoro dela com o Dado Dollabela tem volta depois do cara ter espancado uma camareira de mais de 60 anos de idade. Isso deveria estar na parte de polícia e não nas colunas de artistas.


Me dá nos nervos ver o espaço que aquele espírito obsessor em forma de jornalista tem na RedeTv!. É, eu estou falando dela mesmo. O capeta embalsamado, Sônia Abrão. Aquela mulher me faz sentir como se eu morasse na cidade mais interiorana do Brasil, onde todo mundo é obrigado a saber em detalhes da vida dos que os rodeiam; por que brigaram, por que estão juntos, por que casaram, quem engravidou, quem deu o golpe em quem, quem é viado, quem tá se afundando nas drogas. O que eu tenho a ver com a vida do Ronaldo Ésper pra saber dos motivos do cara pra roubar vasos em cemitério? Bom pra ele que não tem medo de escuro enquanto eu me borro e não durmo sem pelo menos 2 abajures acesos. Quem disse que eu quero saber do travesti horroroso que o Ronaldo Fenômeno pegou no Rio? Ele tá dando o que é dele. Tô falando do dinheiro, claro. Ah tô... O que essa mulher faz é criminoso. Ela ligou pra um sequestrador armado! O cara doidão com a ex-namorada trancafiada em um apartamento durante dias e a cretina ligando pra bater papo, se achando amiga de infância dele! Isso é um absurdo. Um dos casos mais recentes, convidar o ex da Suzana Vieira com a amante tilanga pra felicitar o casal pela união, despensa qualquer tipo de comentário. E como se não bastasse, por ironia do destino, o cara vai e morre poucos dias depois. Parece até combinado.


Falando nele, esse sujeito deu muito assunto pra esse povo infeliz que fica nas redações da Ti Ti Ti, Contigo e similares esperando uma nova tragédia, uma polêmica maior, um espetáculo mais ridículo que venda revista e vire assunto nos salões de beleza, nos ônibus, nos corredores das empresas. Li hoje uma matéria na Época sobre ele. Nunca vi nada mais óbvio. Um cara jovem, sem cultura, pobre e deslumbrado que teve a sorte de conhecer uma famosa rica e gostosa, praticamente uma gatosa (gata+idosa) e aí conseguiu subir na vida sem ser pelo elevador de serviços. Era aquele tipo de gente que sai da pobreza, mas a pobreza não sai dele. Ligava pras revistas de fofoca pra avisar onde estaria, a hora que chegaria e dar o nome da grife de suas roupas, pra colocar nos créditos. Era a fome juntando com a vontade de comer, era tudo que essa indústria de inutilidade e banalização do cotidiano, que já é corriqueiro o suficiente, precisava pra movimentar o tanto de dinheiro que rola nesse meio. O cara chegou a plantar a notícia de que a G Magazine estaria querendo fazer um ensaio com ele, com cachê em torno de 400 mil merréis.


Macaulay Culkin, quem se lembra dele? Ééé! Ele mesmo, aquele pentelho branquelo, de olhos azuis esbugalhados, uma testa do tamanho de um outdoor, com cabelo estilo ''vovó me penteou'', estrelinha das maiores trapalhadas do barulho que até Deus duvida da Sessão da Tarde. Desde que eu estava na 4° série nunca mais ouvi falar dessa criatura. Achava que ele só serviria pra ser dublê do Guilherme Fontes, o Alexandre da novela ''A Viagem''. Lembra daquele cara que morre e vai pro inferno arder no fogo do capeta? Ele mesmo. Mas eis que semana passada... uau! Li uma nota que mudou minha vida: ''irmã de Macaulay Culkin morre atropelada.'' E ela nunca tinha morrido antes, hein? Oh my God! Chamem os paramédicos! Não pra ela, pra mim que estou a beira de um ataque cardíaco depois dessa notícia TÃO relevante. Peraí, nem sabia que o Macaulay Culkin tinha uma irmã!


Ok. Vamos então a parte ''Você Sabia?'' Você sabia que a Ivete Sangalo vetou a talentosíííssssssima Wanessa Camargo de participar do seu programa Estação Globo? Pois é menina, barrou! E você sabia que a Giovanna Antonelli vai se mudar? Ééé! Ela comprou um apartamento na Barra e por isso vai deixar sua casa no Recreio. Ah, e parte dos seus oito empregados será demitida. E o Latino, já tá sabendo da última dele? A médica proibiu o cara de participar do Circo do Faustão. Essa pessoa iluminada fez esse imenso e impagável favor ao cantor (e a nós) por causa de uma crise de labirintite que ele teve durante um ensaio pra gravação do seu novo DVD. Tomara que seja um quadro irreversível e esse DVD não seja gravado nunca! Nunca! E você sabia que a filha do Gilberto Gil, a Afrodescendente Gil (porque Preta dá processo) voltou a ser associada a sobrepeso no Google?! Há nove meses, bastava digitar atriz gorda que apareciam informações da gorda, digo, da atriz. Aliás, deveria dar processo chamar essa gorda malandra de atriz. Imagina se uma atriz de verdade ouve isso, deprime na hora. Agora a coisa já ficou mais carinhosa. A palavra chave é gordinha. Mas ela continua ficando puta e diz que vai processar o Google. Normal, gorda só faz gordice. Acho que vou sugerir gordelícia, quem sabe ela não agrada, né?


Chega! É deprimente pensar que isso tudo é conteúdo da Folha. É! Da Folha de São Paulo, o jornal mais metido (e gozado) do Brasil. Depois o povo mete a língua no Super Notícias de BH, falando que só tem inutilidade naquele fenômeno de vendas! Mentira não é, confesso. Mas as críticas ao Super são mais frutos da inveja por ele ser o jornal de maior tiragem do país! Chupa essa manga, Folha! Enfim, se eu estivesse com vontade, poderia fazer uma imensa lista com os acontecimentos da vida privada dos artistas. Diga-se de passagem, privada e cheia de merda. Mas do mesmo jeito que me sinto mal pela Simone e pelo Fábio Jr. por só serem lembrados em certas ocasiões, vide post abaixo, me sinto péssima pelos jornalistas que têm que se submeter a esse tipo de trabalho tosco. E o pior de tudo é pensar que eu estou estudando pra, quem sabe, fazer isso um dia. Pé-de-pato bangalô três vezes! O Jornalismo é o quarto poder, não pode se afundar na lama assim. Olha que gracinha, temos o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Fofoqueiro! Montesquieu se reviraria no túmulo se lesse uma coisa dessa. Responder que estudo Jornalismo quando me perguntam o que faço da vida dá um tesão que ninguém imagina. Dá uma sensação muito boa de utilidade, de capacidade, de poder, de manipulação, de my preciooooooooous! Mua ha ha! Advogado pensa que é Deus, médico tem certeza. Já jornalista é o capeta. E assume. E gosta. E eu que estou apenas indo pro 5° período já deixei isso subir a cabeça. =D

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

''Então é Natal, o que você fez?''

Caralho, não aguento essa frase. Essa é a maior evidência de que a época mais chata e cansativa do ano chegou. Não tem erro. Todo santo ano, lá no início de novembro, você entra nas Lojas Americanas pra comprar chocolate, shampoo, cd virgem, ou sei lá o que, e ao fundo já está a maldita voz da Simone cantando essa merda dessa música cretina, com essa letra surpreendente: ''o ano termina e começa outra vez!''. Uau! Porra, custa arrumar uma regravação? Custa trocar a música?? Custa fingir que o som da loja estragou??!


Sério, eu fico chateada por certos artistas, me sinto mal por eles. Tem gente que sustenta sua fama apenas por causa de certas festividades. Olha que inferno de vida! O cara rala, ensaia, grava, tira fotos de divulgação pra que?! Pra ajudar as Lojas Americanas a ganhar dinheiro, te distraindo com essa poluição sonora enquanto você enche o balaio de coisas que você não precisa comprar. Ou então pra dar uma luz pros produtores fracos do Domingão do Faustão e virar aqueles especiais comemorativos nojentos. A Simone só é lembrada nos últimos meses do ano. Já o Fábio Jr. não é ninguém além do pai da Cléo Pires fora do mês de agosto. Nem os casamentos bimestrais com loiras siliconadas do cara fazem tanto sucesso quanto aquela música lá. 3 letras. P-A-_. E não é pão. Nem par. Nem PAC. Nem pau. Nem...


Uma das coisas que mais me irrita no Natal é o tal do excesso de vermelho. Desde que me entendo por gente eu tenho fobia de vermelho. O meu jeito não me permite gostar de vermelho. É aquela coisa, eu já falo muito, falo alto, falo besteira toda hora. Se eu usar vermelho eu vou ser um farol humano captador de atenção. Não dá. Tem que rolar bom senso. Vermelho. Pensa na fonética dessa merda. Além da cor, tem 'R', 'LH' e ainda é uma palavra masculina. Pra que tanto alarde? Nessa época do ano dá vontade de dar uma de Stevie Wonder e sair de casa vendada, só pra evitar a fadiga. Eu mal me recuperei da campanha política das eleições pra prefeito e vereador e já vem essa sarna desse Natal encher o saco.


Já pensou no tanto de coisas desagradáveis que vermelho representa? Essa cor brega deveria incomodar não somente a mim, mas a qualquer pessoa normal do mundo. Vamos aos exemplos. Vermelho me lembra comunismo. Me lembra ficar menstruada (argh!) . Nota baixa vem escrita de que cor? E quando você está em débito com o banco, você está no... ? Você acorda atrasado pra ir trabalhar e no seu caminho estarão todos os sinais vermelhos. Você está no restaurante jantando com seu namorado, e qual a cor do vestido e do esmalte daquela loira peituda gostosa irresistivelmente fatal que está dando bola pra ele na mesa do lado? Tomar sol sem protetor solar te deixa vermelho e ardendo! Dois cartões amarelos resultam em um cartão vermelho. Quando você fica até altas horas estudando e sai de casa no outro dia com cara de semi-morto, seus olhos estão de que cor? Tomou um tapa na cara da menina que foi tentar beijar a força. Qual a cor da marca dos cinco dedos dela na sua cara? O PT é vermelho. E a da tarja da maioria dos remédios também. Sangue? Morte? Tragédia? Cruzinha da ambulância? Sirene da polícia? Tudo vermelho! Caneta de qual cor é considerada anti-didática por assustar, chocar, traumatizaaar um aluno? É, a resposta pra tudo é um imenso e sonoro VERMELHO!


E não me venha com essa história de que vermelho é a cor da paixão, do amor. O Djavan, aquele cara de trancinhas que fala um dialeto próprio e incompreensível, já deixou isso bem claro pra vocês. ''O amor é azulzinho.'' Falando em música, qual é uma das piores composições musicais do Brasil? Aquela que é a melô da vaca menstruada. "Vermelhou o curral, a ideologia do folclore avermelhou!'' Meu Deus! Quem tem a pachorra de criar uma letra dessa! E pior, como se vermelho já não fosse uma palavra suficientemente cansativa, a tal da Fafá de Belém ainda vem com variações do tipo ''vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão!'' Agora alguém me diz que tipo de droga essa mulher usa pra viajar desse jeito.


Vermelho alimenta o preconceito, olha que coisa feia. Se o cara é um caipira nacional, o coitado é um pé vermelho. Se é um caipira na gringa, é um red neck. Aqui em Belo Horizonte os ônibus são divididos por cores. Os azuis são os bacanudos, que todo mundo pega com orgulho. Ligam bairro a bairro, não têm nada demais. Os amarelos são os circulares ou os suplementares. São rapidinhos, passam toda hora, andam na Av. do Contorno e não passam pelo centro da cidade, ou seja, nada de povão. Já os intermunicipais, aqueles que carregam a peãozada de onde o Judas perdeu as botas pra onde ele perdeu as cuecas, são que cor? Claro que não poderia ser outra, vermelho! E o pior é a piadinha de lei. ''Lá vai o caminhão de Coca-Cola! Um retângulo gigante, vermelho por fora e preto por dentro!''


Por favor, não me processem! Já diziam isso muito antes de eu nascer! Eu também já sofri minha cota de preconceito por causa dessa cor xexelenta. Quando estava na 1° série eu participei de um teatrinho que tinha uma música da Xuxa que falava das cores. E qual delas eu era? Claro, o vermelho. O que me deixava mais emputecida é que mesmo essa porcaria sendo tanta coisa, eu só aparecia no final, com a voz de taquara rachada da Xuxa dizendo ''... o vermelho pra completar, meu arco-íris no ar!'' Quem completa é resto! Claro que os meus coleguinhas me zoavam e eu tive um complexo de inferioridade light por causa disso! Já tinha que usar aquele macacão vermelho de cetim brilhante que esquentava até minha alma e isso ainda não era humilhação suficiente! Eu tinha que ouvir aquela loira tenebrosa dizendo que eu vinha pra completar. Traumatizante.


Acho que se não existisse essa overdose de vermelho no mundo eu não me importaria com a hipocrisia do Natal. 'Magina! Se eu olhasse ao meu redor e não visse tudo em uma incrível tonalidade de Magenta com Amarelo ( 100%, 100%) eu não acharia tão ridículo o desperdício de comida que rola no Natal enquanto na esquina da minha casa tem uma família inteira de 8 pessoas mais 13 cachorros morrendo de fome. Falando em fome, acho que se o mundo não fosse tão rubro eu até desconsideraria que acho ridículo as campanhas do kilo e do agasalho que rolam SÓ em dezembro, como se as pessoas sentissem frio e fome SÓ um mês por ano, e até participaria delas. Quem sabe eu até acharia bacana competir com meus primos pra ver quem ganhou o MP5, 6, 7, 8 ou o caralho mais revolucionário da família, enquanto nossos pais se endividam e ficam fudidos pra pagar aquela porcaria, que não dura nem até março, durante o ano todo até chegar o próximo Natal.


Se não fosse pelo vermelho, eu iria até esquecer que todo mundo briga como cão e gato o ano todo, magoa os outros, fica sem dar um simples bom dia por meses e depois vem com uma 'lembrancinha, tá? repara não', como se nada tivesse acontecido, pra no dia seguinte já continuar enchendo o saco de novo. Eu até faria compras com menos raiva dos vendedores que nos atendem mal o ano inteiro, mas que em novembro e dezembro aparecem na nossa frente com cifrões no olhos, cheios de boa vontade. Tudo pela comissão gorda que o cretino vai ganhar do meu bolso; eles nos olham e, como em desenhos animados, enxergam perus no lugar de nossas cabeças! E no fim das contas, carregam nossas sacolas até a porta e nos desejam ''Feliz Natal''. Na verdade, isso é só uma codificação pra ''vai tomar no seu cu, seu porco otário!''


Ah vermelho, seu danadinho! Se não fosse por você...

Pegou o espírito da coisa?

Férias!




Thanks André Dahmer for clearing up my ideas!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Qual o contrário de Vasco? Vitória.

E finalmente o Vasco da Gama está na segunda divisão do Campeonato Brasileiro, aêê! Ok, o trocadilho do título foi infame. Mas pra rir da desgraça alheia vale tudo. Meu time não anda lá grandes coisas pra eu poder falar do time dos outros. So what?! Falo mermo, em bom carioquês. Teve até torcedor querendo se jogar da marquise, dizendo que a vida dele não fazia mais sentido com o Vasco rebaixado. C'mon, né? Só porque o time do cara caiu, ele tomou gosto pela coisa.


Nunca tive nada diretamente contra a linhagem cruzmaltina. Sempre rolavam piadas toscas contra aquele porco vestido de presidente que o povinho de São Januário tinha, sobre a origem portuguesa desses manés, mas nada demais. Só que o meu Galo caiu pra segundona justamente contra esses malditos, em 2005. Aí a raiva me dominou. Sei que é muito ridículo culpar o adversário pelo fracasso do seu time. Mas foda-se. Também odeio o Corinthians com toda minha força depois daquela final nojenta de 99. Naquele episódio, o que mais mexeu com meu brio foi a expulsão do Beletti, lateral direito. Sacanagem!!! Chorei rios naquele domingo, 19 de dezembro e meu pai me consolou como pode me levando pra recepcionar os jogadores no Aeroporto de Confins, às 3 da madruga. Mas o rebaixamento desses cretinos ano passado já foi um alento para meu espírito de torcedora injustiçada.


O último jogo que fui esse ano foi aquele belo Atlético x Vasco, no Mineirão. Foi lindo ver a balaiada que demos neles de 4x1 e os chiliques da bicha do Renato Gaúcho na beira do campo. Aliás, isso foi um espetáculo a parte. A sensação de ''o mundo gira, filho da puta!'' é boa demais da conta. Como disse no post anterior, as pessoas são rancorosas. C'est la vie!


E para vocês, cruzmalditos, eu até cantaria mais uma vez ''Choooora, não vou ligar, não vou ligar! Chegou a hora! Vais me pagar, pode chorar! Pode chorar! (...) Ééé o teu castigooo! (...) Vou festejar! Vou festejar o teu sofrer, o teu penar! (...)'' Mas eu sei quão terrível é a dor de ser rebaixado. Então já que ''sua imensa torcida é bem feliz'', eu não vou acabar com essa felicidade toda não. E é com a ajuda de Arnaldo Branco
www.oesquema.com.br/mauhumor e André Dahmer http://www.malvados.com.br/ que eu dou minhas palavrinhas de consolo aos vascaínos:



segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Trair e coçar...

Ontem a noite fui ao cinema novamente assistir ao filme Romance. Eu sei, ninguém paga duas vezes para ver o mesmo filme. Ultimamente as pessoas não têm pagado nem mesmo uma vez. Baixam o filme em casa, assistem no computador, em uma tela de no máximo 17 polegadas, comendo pipoca de microondas, sentados em uma posição desconfortável e na maioria das vezes, sozinhos. Isso não me pega, não é a mesma coisa. Mas ok. Filme não requer, obrigatoriamente, companhia. E existem certos filmes que não pedem uma ida ao shopping, mesmo porque o custo é alto. Sempre se gasta bastante com estacionamento, comida, ingresso e a tentação das lojas ao redor é gigante. Aliás, ir ao cinema em shopping é muito desgastante, principalmente nos finais de semana. As pessoas andam como se estivessem em uma procissão, olho aquilo e consigo enxergar velas e terços em suas mãos, com um fundo sonoro de ''amém...''. Um saco! Me cansa.


Como já havia comentado em um outro post, o filme me deixou emputecida com as cachorradas que rolam soltas. Mas ontem eu saí da sessão sentindo o tapa na cara que o conformismo dá na gente. Claro, assistir a um filme pela segunda vez é sempre diferente, o abalo é menor. Mas ainda assim, você nunca sai de uma sala da mesma maneira que entrou. Em suas análises sobre o cinema na Indústria Cultural, Theodor Adorno fez a seguinte observação: ''De cada ida ao cinema, apesar de todo ocuidado e atenção, saio mais estúpido e pior.''


Eu acho que o que eu senti na hora que o filme acabou ontem foi a mesma sensação que tive depois de assistir ao Closer - Perto demais, de 2004, com a Julia Roberts, Natalie Portman e as delícias humanas Jude Law e Clive Owen. ''Como as pessoas são filhas da puta! E pior, são assim com alvará'', foi o que me ocorreu naquela época. Depois de um tempo entendi que as pessoas são cretinas por acharem que têm o direito de ser, pra compensar o que já passaram por causa de outras. É um ciclo maravilhoso de puxadas de tapete e furadas de olho que existe no mundo. Isso até me lembra da minha idéia de que seu/sua namorado(a) atual te prepara para seu relacionamento futuro. Você nunca se casará com quem te moldou para ser um bom marido ou esposa. Mas isso fica pra próxima, sem embolar o meio de campo, please.


Os filmes brasileiros falam muito de traição. Deve ser porque os brasileiros praticam muito a traição. A primeira palavra que vem a cabeça de alguém quando questionado sobre traição é, na maioria das vezes, absurdo. Bullshit. O absurdo real está na mediocridade de quem trai e principalmente nos motivos para trair. ''Traição não tem perdão'', ''homem que trai o pinto cai'', ''traição merece morte'' e mais um monte de besteiras pulam da boca das pessoas quando alguém toca nesse assunto. Bullshit again. Tudo mentira, tudo média, tudo balela da pior qualidade.


Quantos casos de amigos, amigos de amigos, primos de amigos você conhece sobre uma puladinha de cerca aqui e outra ali? Mas e quem te traiu? E quem você traiu? A traição é a vingança do despeitado. Quem trai é porque já foi traído um dia. E todo mundo trai. Ao meu ver, traição é muito pesado. Vamos falar em incompatibilidade ideológica e em respeito às próprias vontades. Se você quer dormir porque chegou cansado de viagem, vindo em um vôo atrasado e lotado enquanto sua namorada quer estrear a camisola que ela foi com 5 amigas a um sex shop comprar para matar as 5 de inveja ao mesmo tempo, vocês não compartilham a mesma idéia. Se o seu marido está louco pra te dar aquele trato, com direito a melhor suíte do melhor motel da cidade e você está com a cabeça quase explodindo de dor justo nessa noite, vestindo seu pijama mais velho e cheio de bolinhas, com calcinha bege por baixo, vocês também estão com intenções divergentes. Se você planeja viajar pra uma pousadinha bacana na serra no final de semana e o filho da puta inventa trabalho pra sexta, sábado e domingo, definitivamente, vocês não estão pra mesma coisa. E quando é você que, depois de ficar quase 15 dias sem ver sua namorada por causa das longas noites de estudo pras provas finais da faculdade, leva a vaca pra tal pousadinha bacana pra um final de semana light e a cretina não quer nem que você toque na mão dela porque está com cólica ou até pior, já está naqueles fucking dias? É revoltante e você vai ficar com pensamentos do tipo ''você me paga'', ''isso não vai ficar assim'', ''quando você quiser eu não vou querer, só de raiva!'' e porraí vai.


Ok, ok. Eu sei que passo a impressão de ser uma ninfomaníaca, que acha que o sexo é o pilar sólido que sustenta um relacionamento, right? Talvez.Eu dei esses exemplos porque a vida é assim. Muitos veêm no sexo o bônus de um relacionamento. É a recompensa por bom comportamento. É até, para os mais medíocres, um prêmio de consolo. Sexo é o objetivo final da maioria dos relacionamentos, o bálsamo da longevidade. O que acontece é que na direção contrária e em mesmas proporções, você será privado dele caso saia da linha. Vai ser punido com abstenção sexual. E o cúmulo desse castigo será saber que sua cota sexual será destinada a outrém. Por quê? Porque convencionou-se que é uma desonra das mais fortes e o símbolo mor do fracasso pessoal ver o seu namorado ou namorada tendo o corpo desfrutado por uma terceira pessoa. Oportunamente eu vou falar sobre isso em detalhes, para tirar, ou confirmar, a idéia que eu só penso naquilo.


Voltando a divergência de idéias e a traição, é muito simples a relação entre essas duas coisas. É o verdadeiro ''se tu não quer, tem quem queira''. As pessoas causam a sua própria traição e depois convivem com ela, subordinadas ao remorso de não terem sido mais presentes, atenciosos, dedicados aos seus relacionamentos. Ser relapso com seu parceiro é dar um tiro no pé. Quantas mulheres se sujeitam a conviver com seus maridos mesmo sabendo que são traídas por aí? Ok, temos vários fatores que levam a isso. O principal deles é a hipocrisia de se manter a imagem, o falso equilíbrio psicológico que um casamento dá aos filhos, a comodidade financeira. Falo disso outro dia também. Mas invariavalmente, essas mulheres foram traídas porque em algum momento esqueceram que eram mulheres e assumiram o papel de mães. Ou foram tão compreensivas que viraram irmãs dos maridos. Ou porque se sentiram seguras demais com uma argola dourada no dedo e pensaram que a época de fazer esforços, impressionar e surpreender teria acabado.


Se você não atende a uma ligação que seria só pra dizer um boa noite corriqueiro porque tá puta pelo cara ter esquecido a merda do aniversário de 6 meses, 2 dias e 5 horas de namoro, saiba que a próxima chamada será para a ex, ou para aquela gostosa que vive dando mole e o cara não pegou em respeito a você. Se a sua namorada gostaria que você fosse ao aniversário de 3 anos do priminho fofinho dela e você não foi, saiba que aquela cara boa pinta que fica na cola dela na faculdade e espera ansiosamente pelo dia em que você vacilar, terá a chance dele bem naquela noite.


Não quero dizer que você tem que ser um capacho. Mas as pessoas são rancorosas, é fato. E você terá que arcar com as suas vontades. Se negou ao sexo? Outra dá conta do recado por você. Tá cansado? Tem outro mais novo, mais gato e com mais energia pra gastar que você. Tem certeza que vai ficar em casa sexta a noite pra acordar cedo no sábado e jogar bola com os seus amigos? Sem problemas, substiruições acontecem. E aí, você vai se doer pelo chifre que vai cair na sua testa como um trovão e perguntar com a maior cara de vítima: ''Como você pode fazer isso comigo?'' Honey, coloque a mão na sua consciência e pense na sua parcela de contribuição para o belo piercing de olho que você acabou de ganhar.


E é nessa hora que entra o tal do conformismo que eu senti ontem a noite, depois de superar a sensação da revolta. A traição é uma das leis da selva a qual estamos expostos todos os dias. Alguém vai te trair porque você não tá no mesmo ritmo que ele. Vai te trair porque já foi traído e resolver ser ''do mal''. Vai te trair antes que você o traia, para evitar a sensação de fracasso e ficar só com a de frustração, por você ter dado o troco quando chegar sua hora. A traição é uma válvula de escape e que como toda válvula, tem ajuste. Não se preocupe, a traição não é constante na maioria dos casos, isso só depende de você! Fica até parecendo propaganda de como salvar o mundo das cáries. ''Faça a sua parte, eu já fiz a minha hoje.''


Em suma, a traição é só uma das melhores demonstrações de egocentrismo existentes. Pessoas com caráter traem sim. Ou você se considerou alguém com desvio de postura quando deu o golpe na sua namorada? Claro que não. Você dizer que agiu de má fé quando saiu com o cara gato do seu trabalho e disse ao namorado que ia visitar sua tia do interior que tava na cidade só naquela sexta feira a noite? Claro que não. Vai tirar o seu da reta e foda-se o resto. ''Tive meus motivos'' é o que vai dizer. Tudo bem, posso não concordar com o que você diz, mas defendo seu direito de dizer. Alguém muito legal disse isso mas eu não me lembro agora quem foi. Traição depende de estado de humor, de network, de ocasiões. São vários os fatores que pesam na hora de enfeitar a testa de alguém. No fim das contas, as pessoas relevam e passam por cima das diferenças. Dizem acreditar na tal da segunda chance. Reatam as merdas dos namoros falidos com se nada tivesse acontecido. Mas no fundo, no fundo, por trás dos sorrisos amarelos e dos beijos de olhos abertos, está alguém que só está esperando a próxima chance que você vai dar pra ele te trair, só porque sua cabeça está doendo ou porque tem a final do Brasileirão na televisão.

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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Celular é coisa do capeta

Outro dia me aconteceu uma coisa que seria trágica se não fosse cômica. Meu celular caiu na privada. ''Como assim?'' Caindo uai. Foi assim: estava eu na comemoração dos meus 20 anos/2 décadas/5 copas do mundo/2.0 total flex regada a muita cerveja. Eu tava bebendo mais que um Dodge V8. Mas fazer xixi que é bom, nada. Aliás, fazer xixi não é bom coisa nenhuma. É um saco.


Imagina: você tá lá com sua bunda quentinha dentro da calça quando de repente você se sente como um balão cheio d'água prestes a explodir. Aí você vai e entra no banheiro que, quando você está muito apertado, é sempre minúsculo, imundo e sem trinco na porta e faz aquela performance digna de Cirque de Soleil. Se equilibra em cima do salto, flexiona as pernas a uns 100°, porque 90 não rola, sentar é simplesmente impensável e ainda por cima tem que fazer isso tudo com os braços esticados escorando a porta pra próxima apressada/apertada da fila não te pegar literalmente de calças na mão. Como se já não bastasse esse suplício todo, retomando a parte da bunda quentinha, vem aquele ventinho sudoeste e acaba com sua graça.


Então, voltando ao acidente do meu aniversário, aconteceu que depois de várias cervejas eu precisava formatar meu hd pra caber mais beer inside, né. Mal tinha eu começado a proeza de abrir a calça sem encostar em nada do banheiro e o exercício de flexão das pernas, ouvi um certo ''pluft'' na água. Quando olhei estava ele, my precious, submerso nas águas profundas da privada. Tirei o bichinho de lá, lavei na pia, afinal foda-se, fudido por um fudido por mil, e sequei . Até perdi a vontade de fazer xixi. Voltei pra mesa toda cabisbaixa, sacudindo o coitado e disse: ''Que merda! Meu celular caiu na privada...'' Sempre tem um demente pra fazer a pergunta cretina: ''Uai, e você pegou?'' Depois de pensar por 2 segundos eu respondi gentilmente: ''Peguei não, tá lá. Isso aqui é um símbolo holográfico.''


A questão é que a vida sem celular nem é de tudo ruim. Consegui viver de forma satisfatória todos esses dias. Foram 10. Nem a dependência do despertador me fez ter saudade da coisinha. Ninguém me achou, é verdade. Mas eu falei com todo mundo que eu quis. Não acordei atrasada. Até saí sem levar bolsa algumas vezes. Bacana demais. No fim das contas acabei comprando um novo, porque apesar da sensação de liberdade (imagino que correr sem cueca deva ser como não ter celular), não dá pra ficar sem. Como uma coisa tão pequena consegue fazer a gente se ocupar tanto dela? Eu respondo essa pergunta fácil no alto do meu 1,56m de altura. =]


Ter um celular, ok. Mas não me venha com essa história de conversão de mídias. Internet, câmera, ferramentas de texto e o capeta digital são praticamente o cinto de inutilidades compacto e funcionando a base de bateria. Graham Bell inventou o telefone pra você usar a linda voz que Deus te deu pra falar com o coleguinha, do outro lado da linha, que tem a magnífica habilidade de ouvir. É difícil isso?


Para tirar foto, use a fabulosa câmera digital com mil ponto zero maga ultra power pixels que você comprou pela internet no site da Polishop; para acessar a internet, ler seus emails e olhar seu orkut, use aquele revolucionário notebook slim de 500 gramas recém lançado em edição limitada no Japão que você comprou no Duty Free do aeroporto; para ver as horas existe uma fantástica invenção chamada relógio de pulso, que além de deixar uma pessoa bem elegante, serve também para situá-la no tempo. E para ouvir música? Já experimentou um negócio chamado Ipod? Mas serve também rádio de carro, media player de computador, ou até aquela vitrolinha relíquia da sua família que pertenceu ao seu avô. Contas você aprendeu a fazer na 2° série do ensino fundamental, não precisa usar a calculadora pra dividir uma conta de R$60 para 4 pessoas. Celular foi feito pra ligar. Assim ó: você disca o número do telefone da pessoa que você quer falar, espera ela atender e aí você conversa! Olha que extraordinário! Aposto que você tinha até esquecido como fazia isso. Se alguém te ligar, o processo é ainda mais fácil: basta abrir ou apertar o verdinho, dependendo do modelo, e dizer 'alô'. Uau!


Ok, confesso que uso o celular para várias coisas que supostamente ele não deveria fazer. Mas uso com a consciência de que aquilo não era a proposta. O celular não deveria me acordar, nem fazer as contas que meu cérebro burro não consegue, nem me lembrar dos meus compromissos, nem tocar músicas enquanto estou no ônibus. Mas já que ele insiste nisso, tudo bem. Eu aceito.


Mas tudo tem limite. Ultimamente as pessoas têm usado o bluetooth do celular para paquerar. Isso eu não aguento, sinceramente. O legal agora é sentar num bar pra tomar uma com os amigos e aí cada um pega seu celular, faz o aquecimento competindo pra ver quem tem o celular mais poderoso e com mais atributos inúteis e depois partem para a batalha: encontrar o bluetooth do alvo de interesse. Aí não vale conversar com o pessoal da mesa, silêncio mortal. Pelo amor de Deus, né? Isso pra mim é assinar na última linha de um atestado de incompetência irreversível para relações e contato interpessoal a curta distância.


E quando se comete o cúmulo da falta de assunto e se começa uma conversa sobre celular? Péssimo. Cara, mulher nenhuma quer saber quantos jogos você baixou ontem nem quantos videos cabem no seu cartão de memória. Mesmo porque, depois de você falar dos videos você vai fazer o infeliz comentário ''mas esses videos eu não posso te mostrar, gatinha'', por todos eles serem pornôs nojentos. E você, mulher, não pense que algum homem se interessa pelo seu albúm de fotos com seu cachorrinho fofinho que você exibe orgulhosa por aí no seu super celular rosa ridículo com capinha da Hello Kitty que é pra não arranhar.


No fim das contas, não importa qual o modelo de celular você tenha. O preço dele será sempre inversamente proporcional ao valor da sua conta ou quantidade de créditos que você tem disponível pra ligações. É uma escolha dura, geralmente as pessoas seguem o raciocínio de que tirar fotos é grátis, então quem precisa de créditos? E claro, o ladrão sempre vai gostar mais dele do que você. E se você não entendeu meu ponto de vista ainda, pode deixar que Allan Sieber desenha para você!

Português é semântica. É o que???

Passei minha oitava série inteira ouvindo esse merda de frase da minha professora de Português e Literatura, Else Martins. Se você não sabe o que é semântica, o Google te responde.Aprendi bastante com a Else, morro de saudades. Mas eu estava aqui pensando e me ocorreu um dilema: a palavra SEU é meio incoerente.Pensa bem, de acordo com o dicionário online Priberam a definição de seu é:

  • do Lat. suu
  • pron. poss.,
    o que pertence à pessoa com quem se fala.
  • pron. poss.,
    o que pertence à pessoa de quem se fala.
  • pron. poss.,
    relativo a ele, ela, eles ou elas;
    que é próprio dele, dela, deles ou delas;
    que é dele, dela, deles ou delas.

A incoerência? Se tem EU no meio, como que é do outro? Das duas uma. Ou EU sou do outro em uma poética entrega de devoção ou EU sou tão megalomaníaco que quero aparecer até no pronome designado ao alheio. Tinha que ser, por exemplo, MEU carro, SOCÊ carro, SELE carro.

É como a palavra CONJUNTO. Com e junto são praticamente iguais. Se você está junto de alguém, você está com a pessoa. Né? Eu acho a palavra conjunto muito feia. É quase ''deixa eu te falar com você, olha pra você ver, tenho que encarar de frente esse problema inédito pela primeira vez na minha vida''.

Enfim...

domingo, 30 de novembro de 2008

Olha a chuva! É mentira!

Um dia um amigo me disse: ''A vida é como um jogo de futebol. Você fica aí esperando receber a bola pra poder fazer seu gol de placa. E a bola? A bola tá com aquele cara que nunca vai tocar pra você. Mas você fica lá, na banheira, gastando seu preparo pra uma jogada que nunca vai acontecer. Enquanto isso tem alguém que está louco pra jogar com você, que quer fazer dupla de ataque, que quer ser o seu escolhido na hora de montar o time. Mas você nem dá idéia, nem sequer olha pro sujeito. Aí fica aquela coisa.O cara que tem a bola não vai tocar pra você, vai tocar pra outra pessoa. E você vai ficar como um idiota, chupando dedo. E o cara que quer jogar com você vai ficar com mais cara de idiota ainda. E mesmo que ele tente arrumar uma bola pra jogar com você, não dá jogo. E ainda tem como piorar. No meio do jogo vai começar a chover, a chover muito forte,a chover e a trovejar. E quem tem a bola tem também um guarda-chuva. Mas é claro que não vai dividir com você. Vai dividir com quem ele tocou a bola durante o jogo todo. E o outro cara, o que queria jogar, também tem um guarda-chuva, mas como ele tá lá na marca do escanteio, não adianta. Você tá no meio dos dois. O guarda-chuva que você gostaria de estar embaixo, não te cabe. O que tem um espacinho reservado com amor pra você, tá longe demais. E aí, enquanto fica teimosia de querer o que não te cabe te puxando pra um lado e a vergonha na cara de reconhecer o de quem te quer te puxando pro outro lado, vem um raio e cai bem no meio da sua cabeça e te mata. Isso só pra aprender a deixar de ser cretino.''

Ok, ok. Eu adaptei o final. Não tinha morte. Mas tudo fica mais interessante com tragédia no final. O resto da história é toda verídica e com a encenação fica muito melhor. Principalmente porque ao vivo tem o clímax com a cena crucial da chuva ''... e eu sou aquele toco lá, aquele toco feio lá longe de você! Fica aí tomando chuva então sua trouxa! Enquanto isso os dois estão lá deixou do guarda-chuva e não tem ninguém nem te vendo!'' Sensacional. O detalhe é que o toco, parte tão importante do cenário, era um tronco cheio de orquídeas e que não tinha nada de feio.

Acho que eu estou sob os efeitos do filme ''Romance'', que assisti semana passada. A começar pela alteração do final da história. Foi mal. Quem ainda não viu o filme e está afim de ver, desconsidere a frase anterior. Pois bem, eis que a história de Pedro (Wagner Moura) e Ana (Letícia Sabatella) conta a história de Tristão e Isolda. E não tem nada de amorzinho não. É amorzão. E rolam também umas cachorradas no filme/vida real, que nem assim deixa de ser ótimo. Revolta a gente, mas é ótimo. E aí, voltando a história do futebol na chuva e falando do filme, o que as duas situações - futebol avacalhado e filme de amor - têm em comum é a pergunta: afinal, existe amor recíproco feliz? Vai saber. Neste exato momento eu posso afirmar com veemência que não. By the way, a trilha do filme é produção do Caetano Veloso. ''Nosso estranho jeito de amar'' é velha e linda. O diretor Guel Arraes sempre enfia Caê nos filmes que faz. Em''Lisbela e o Prisioneiro'' rolou ''Você não me ensinou a te esquecer''. Só dá raiva que uma hora ou outra isso cai nas rádios populares e vira toque de celular em dois tempos. Vira aquele saco, tá no ônibus e aí um telefone começa com um ''Ah, neguinha... Deixa eu gostar de você...'' e 18 mulheres bregas olham imediatamente pras suas bolsas bregas pra ver se seus celulares bregas estão tocando. Isso me irrita profundamente.

Aproveitando da condição de machismo invertido que me foi atribuida esses dias pelos meus colegas de sala na faculdade, vou me recusar a falar de amor pelo menos por hoje. Não tô com disposição pra discutir relação. Esse negócio de amor é um saco. Explicar o que não tem explicação é um saco. Dar nome pras coisas é um saco. Convencer as pessoas das coisas é um grandecissímo saco. Ainda bem que o mundo é uma bola, porque se fosse duas também seria um saco! Ok, piada velha. Mas tá valendo.

Eu estava com as melhores intenções de fazer um post super bacana sobre o filme. Acontece que hoje eu estou revoltada e desacreditada da justiça humana (leia-se amor). A justiça divina não quer mesmo estar a meu favor, dela eu já desacredite há mais tempo. Putzgrila! É, putzgrila mesmo. Ah nem... Já esqueci tudo que eu ia escrever. Vou postar o site e o trailer de Romance que é melhor e encerrar o expediente de hoje por aqui. Apesar de estar com as mãos coçando no teclado, não vou me alongar nesse assunto de amor. Quem lê isso aqui e me conhece bem pode achar que eu tô dando chilique de despeito. Rá! 'Magina... Sem contar que foge totalmente ao estilo humorístico de baixa categoria deste singelo blog. Oportunamente eu escreverei sobre casamento me valendo do script de Romance. Mas não poderia deixar de finalizar esse ataque de dor de cotovelo com uma célebre frase do meu sábio pai: ''Casamento é uma coisa muito boa. É ótimo. É maravilhoso! Não tem coisa melhor nesse mundo pra gente saber que ser solteiro é MUITO melhor." E olha que ele nem leu Nietzsche pra concluir isso.

Confiram http://www.romanceofilme.com.br/ e vejam o trailer que tá lá em algum lugar. E depois vão ver no cinema, viu cambada? Hãn. ¬¬

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Cow's theory

Agora tudo faz sentido nesse mundo. Agora já temos em quem colocar a culpa pelas mazelas sociais, pelos fenômenos da natureza, pelos atentados terroristas e porraí vai. Essa teoria que culpa todas as vacas do mundo por tudo de ruim que existe começou hoje em uma aula de conversação na escola onde trabalho. O assunto eu nem me lembro qual era, acho que estávamos falando sobre não ter tempo pra almoçar. Daí um dos alunos, que estuda Medicina, disse que depois que começou a ter aulas com cadáveres em análise parou de comer carne vermelha. Eis que a pergunta ''qual o problema com as vacas?'' veio à tona. E a pergunta retórica ''alguém aqui é vegetariano?'' foi o estopim pra nossa discussão.


Ora, qual o problema? Segundo os vegetarianos mais radicais, o aquecimento global, o efeito estufa e essa merda toda que aflige os ambientalistas é culpa das vaquinhas. E por que? Elas peidam muito. E peido de vaca polui pra cacete. Polui e esquenta. Portanto, se não existissem vacas o mundo estaria salvo do superaquecimento. E todas as indústrias viveriam felizes para sempre. Até rolou uma piadinha do tipo ''Ah, verdade, elas soltam gás metano, né?'' e a resposta demente foi ''Uai, pensei que fosse butano...''. Ok. Podia passar sem essa. Mas enfim, a partir daí as vacas foram crucificadas e culpadas por causarem tantos danos à humanidade.


Primeiro exemplo: por que as calotas polares estão derretendo? Bom, além do peido das vaquinhas aquecer o planeta e os icebergs não resistirem a tamanha ternura, um dia houve um trágico acidente de percurso com um navio cargueiro. E daí? Me digam o que acontece quando se joga sal no gelo. Temos um processo de osmose, certo? A aguinha do meio menos concentrado passa para o meio mais concentrado, pelo que eu me lembre. Adivinhem agora qual era a carga do navio. Elementar, meu caro Watson. A carga do navio era sal, sal este que estava sendo transportado com a finalidade de alimentar as vacas de algum lugar. Além de derreter tudo que tava em volta do local do acidente, a água dos oceanos se tornou salgada para todo sempre. Viu como tudo se encaixa?


Segundo exemplo: as chuvas que recentemente destruiram o estado de Santa Catarina, deixaram milhares de pessoas desabrigadas, isso fora a enorme quantidade de mortos, que fizeram com que o governador Luiz Henrique da Silveira decretasse estado de calamidade pública e mobolizasse tanta gente pra ajudar os flagelados é culpa de quem? Claro que a culpa é das vacas. Se o mundo não estivesse tão poluído de peidos bovinos, a natureza não estaria em uma situação tão delicada de desequilíbrio e existiriam muito mais surfistas loiros de olhos azuis solteiros e vivos esperando por mim em alguma praia catarinense. As vacas mataram os barrigas-verdes. Que tristeza...


Terceiro exemplo: em qual país do mundo esse bicho fedido e maldito é sagrado? Aaah... E qual país sofreu um ataque terrorista grave ontem? Cerca de 100 mortos, vários feridos e muita destruição rolou na Índia. Aí eu me pergunto: alguém joga bomba em algum lugar atoa? Claro que não. Terrorista age contra o sistema. Tem sempre um raciocínio ideológico por trás de tudo que eles fazem. Explicando: a Índia sofreu um ataque terrorista com caráter de retaliação a todo o mal que esses quadrúpedes ruminantes causam ao mundo. Como se precisasse, né? O Fodão Lá de Cima já castigou os indianos. A praga que Deus cruelmente lançou em cima deles foi: ''Só pra vocês aprenderem a ficar espertos e pararem com essa mania de não matar vaca e comer como toda a humanidade faz, a punição de vocês será usar esse nariz gigante que vocês têm para cheirar bastante o insuportável cheiro de curry que exala dos poros suados do seu povo''. E assim foi feito. Só que agora eles cheiram curry com pólvora.


E a crise financeira que tá fazendo os operadores da bolsa viverem o inferno em vida? Óbvio que tem vaca metida nisso. Ou vocês acham que é baratinho mandar cortes bovinos pra lá e pra cá? O trem custa caro, não há economia que aguente. Pode acreditar, sempre que existe um boicote econômico tem vaca no meio. Parece até combinado, mas todo boicote começa com 'boi'. Dââârr.
Lembra quando todos os países europeus criam bloqueio contea a carne brasileira? A tal da vaca louca virou até propaganda de Toddy. Juntou uma merda com a outra, afinal todo mundo sabe que Nescau é muito melhor. Enfim, só sei que a merda do bicho ainda faz a gente passar vergonha com os gringos.


E você, mero leitor, que neste momento se pergunta ''o que eu tenho a ver com essa merda de crise?'', coloque a mão na sua consciência e se pergunte quanto você paga em uma promoção do Mc Donald's. O Mc Duplo, que é o pão, carne e queijo, com molho terrível de catchup aguado com pickles azedo, que é o sanduíche mais fraquinho de Ronald e seus amigos, tá custando 11 conto! E tudo por causa daquele selinho picareta que vem colado em cima : ''100% carne bovina''. Vai saber se a carne é bovina, minhoquina ou capetina, sei lá! Mas você paga quase vinte reais em um combinado de pão murcho com batata salgada, Coca sem gás e a cretina da carne bovina, além dos adicionais de série, hehe. Vai lá, gasta seu dinheiro na representação mor do capitalismo e depois continue dizendo que a crise não te pega, ok? Porra, eu amo Mc Donald's, mas esse adesivo é uma farsa!


Exemplo de número cinco: enquanto milhões de famílias do mundo não têm um lar decente para viver com dignidade, as fazendas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e adjacências, ocupam uma área gigantesca pras vaquinhas pastarem felizes, peidarem em paz e virarem um problema econômico mais tarde. É um absurdo com a quantidade de favelas e gente morando debaixo de marquises nas ruas sujas e solitárias das cidades, as vaquinhas serem parte do sistema luxuoso de latifúndios que as abriga.


O sexto e último exemplo é culinário, recreativo e socializador: o churrasco. Nesse ponto temos um belo problema: a xenofobia. Se você quer fazer um churrasco bom de verdade não rola de passar a galera pra trás e dizer que carne boa e carne dura, porque você fica muito tempo mastigando e aí parece que você comeu muito. Não rola de comprar carne moída, fazer bolinho e colocar pra assar na grelha dizendo que comer Kafta é chique. Churrasco tem que ter picanha! E a picanha boa vem de onde?? Aaah meu Deus, chega a ser heresia! Heresia dupla! Comer vaca da Argentina! Enriquecer a Argentina! Financiar a criação e o consumo de vacas! Que merda! Nessa hora a idéia de aversão aos nossos hermanos fala mais alto, aliás grita. Mas depois que a cerveja entra, a mente se abre e fica tudo bem.


Bom, acho que com tantos motivos ficou bem claro porque as vacas são o capeta em 4 patas, né?
Mesmo assim, continuarei a comer no Mc Donald's, a fazer churrascos com muita picanha mal passada, a doar dinheiro pro Green Peace dar um jeito no meio ambiente e tal.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Stevie pensando...

O pior da seBunda feira é que o próximo fim de semana ainda tá muito longe. Esse último entrou pra história. Foi cerveja demais, palhaçada demais, bons amigos por perto. Comemorei meu aniversário e o da Lili no Butiquim Santo Antônio gritando ''Santo Antônio, case a gente logo!''. Ainda bem que o santo é surdo. Amém.


Este foi o final de semana dos covers. Show do U2 cover, presença de Jammil Cover, Victor (da dupla Victor e Léo) cover, Bozo Cover, Smurf cover e muitas piadas internas. Houve prejuízos também. Meu celular caiu na privada, o carro da Jéssica foi arrombado e levaram o som. Mas ainda assim deu pra rir demais.


Obrigada a todo mundo que foi lá me ver dançando em cima da mesa com as minhas plaquinhas ''I'm Catiúscia'' (sendo que o nome da muié que o Bono beijou é Katilce), ''Te pegava facilmente'', ''I love Bono'', e é claro, ''9696-8346, Ju". Obrigada especial a quem dançou lá em cima comigo!


Só sei que nós (eu, Lili e Jéssica) começamos o final de semana no Bar e Boi e terminamos lá também. E com direito a uma nova homenagem a Stevie Wonder. Antes cantávamos ''Stevie Wonder, walking down the street... Stevie Wonder, the guy I'd like to meet...'', trilha do filme Pretty Wonder, com Richard Gere e Julia Roberts de mera coadjuvante. Agora o hit do momento é a versão melhorada de ''I just called to say I love you''.


Confiram a capa do single que será lançado em breve pela Universal Music, gravadora que implorou pra que nós a aceitassemos.


Um beijo e até mais!

Tô de ressaca


terça-feira, 18 de novembro de 2008

De novo, de novo

Quem tem a mente tão insana e tanto tempo sobrando pra pensar numa coisa dessas? Ricardo Maia, hehe! E eu ri demais da conta!

Tudo bem, sei que a intenção do blog é escrever e eu tenho escrito pouco porraqui. Mas as palavras e os assuntos estão muito desorganizados na minha cabeça doida. Acho que é por causa da idade chegando.

Amanhã completo 20 anos, 2 décadas, 5 olimpíadas ou copas do mundo, 1/5 de centenário e mais outras variações da data.

Portanto, é hora de dar tchau e ir dormir pra acordar cedo amanhã e dar mais tempo de receber mais parabéns! Fiquem com os Teletobas do Ricardo e até mais!



sábado, 15 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Essa é boa!


Só clicar pra ampliar. É tão ruim que chega a ser boa.

Substituição

Sai howdojufeel.
Entra blogdajumachado.

Mudei o endereço pra facilitar a vida.
A de vocês e a minha. Explicar o nome do blog tava ficando meio chato já.
E a pergunta 'mas não seria how does ju feel?' encheu tbm.

Tudo bem que rola aquele lance de ''vc sai da YMCA, mas a YMCA não sai de vc...'' ou ''Once Youth, Youth Forever''.

Mas agora eu não sou uma Y kid mais. Já sou quase uma jornaleira. Tem que dar nome de gente grande pro blog tbm, né?

Zéfini, passa a régua.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Futebol tem dessas coisas

Esses três videozinhos explicam porque algumas mulheres odeiam tanto o esporte mais amado do planeta.


=]

Aaaooo picolééé!

Esqueci de contar a saga pelo ingresso.

Terça-feira, hora do almoço, calor infernal em Belo Horizonte. Saio da faculdade pra comprar ingresso com o Homel Mel, ( www.jeffersondelbem.blogspot.com/ ) com fome, com calor, com sono e com minha camisa do Galo, original de 78, linda e causadora de inveja nos pobres mortais vítimas da Diadora e da Lotto atualmente. Chegando ao Mineirão, vem um vendedor de picolé, ou picolezeiro como eu prefiro e pergunta:

-Vocês vieram comprar ingresso?

Só no outro dia, Felippe Drummond me deu uma idéia retroativa de resposta:

- Não, viemos comprar picolé.

Por que eu não pensei nisso antes? To precisando assistir mais vídeos dos Improváveis pra aguçar minhas perspicácia de retórica.

Enfim, merda completa. Pra aumentar a fome, o calor e o sono/preguiça, tivemos que ir até o Labareda comprar ingresso. E lá nem tinha picolé.

Esse post foi só pra contar a pergunta cretina do picolezeiro mesmo. =)

Chegou a hora, vais me pagar

Em 26 de julho de 2007, Arnaldo Branco, o melhor dos melhores, disse:

"O Vasco é o time da virada, o Vasco é o time do amoooor…”. Da virada pode até ser, dependendo do que os caras estejam querendo dizer com esse termo, mas do amor não é não: o amor sempre vence no final…"

Ontem a noite a torcida do Galo desentalou da garganta um grito de emputecimento contra o Vasco da Gama. Em 2005, quando o glorioso caiu pra 2° divisão, foi justamente contra o Vasco, dentro do Mineirão, no estilo ganhou mas não levou. Tá bom, não ganhamos, apenas empatamos. Mas o Romário perdeu pênalti e a torcida cantava o hino com uma emoção digna de final de campeonato.

Depois disso ainda rolou um 6x1 vexatório. Mas eis que um dia o poste mijou no cachorro. Mua ha ha! Foi sensacional poder gritar 'segunda divisão' a plenos pulmões, dentro do Mineirão lotado. E não foi só isso: 'Renaaatooo viaaado, Renaaato viaaadoo' foi lindo também. Cântico perfeito pra ilustrar os ataques de chilique do técnico bacalhau durante todo o jogo. Essa bosta já jogou no Galo, e não deixou saudade nenhuma. E pra ele eu canto:

''Chora!
Não vou ligar...
Não vou ligar!
Chegou a hora,
Vais me pagar, pode chorar!
Pode chorar!!
É o seu castigo
Brigou comigo
Sem ter porquê!
Vou festejar, vou festejar o teu sofrer!
O seu penar!
Você pagou com traição
A quem sempre te deu a mão!''


Mais Arnaldo Branco em www.oesquema.com.br/mauhumor

=) Enjoy.

sábado, 8 de novembro de 2008

Educação infantil

Está decidido: meus filhos terão uma educação primorosa. Depois da primeira palavrinha que eles disserem, que com certeza não será papai, nem mamãe - será GALO!, eles vão ter que aprender as palavrinhas mágicas pra poder conviver bem em sociedade. As palavrinhas mágicas? São elas:

  • Por favor;
  • Obrigado;
  • Com lincensa;
  • FODA-SE.

Não existe coisa que liberta mais do stress e alivia tantas tensões que um foda-se bem dito. Foda-se é uma palavra que de tão mágica chega a ser milagrosa. A gente fica 5 kg mais magro. =]

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Para todo mal, a cura


Não me lembro de onde veio isso, mas sei que a cara do marido é o máximo.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Pra que time torce o Seu Madruga?

Outro dia eu vi essa pergunta em uma comunidade do orkut. Algumas pessoas responderam considerando apenas o seu próprio time. Muitos tentaram Flamengo, São Paulo, Corinthians, Grêmio, Palmeiras. Teve até torcedor do Bahia se manifestando! Mas a verdade é uma só:o Seu Madruga SÓ pode torcer pro GALO... Ninguém no mundo representa um time TÃO bem quanto o Seu Madruga representa o Atlético Mineiro.
Vamos analisar em tópicos:O Seu Madruga deve 14 meses de aluguel, assim como o GALO deve até as cuecas por aí. Ele vive fugindo do cobrador, assim como o GALO vive com salários atrasados, processos trabalhistas caríssimos e sempre negociando dívidas gigantes. Dinheiro que é bom e contas em dia, porra nenhuma!!!
O Seu Madruga vive em atrito com o gordo do Sr. Barriga, que só sabe encher o saco do pobre coitado. Isso te lembra alguém?? O gordo bicha do Zezé Perrela, claro! A bicha-mor presidente da Gaiola das Loucas de Minas tem hobby por infernizar o GALO.
Se o Seu Madruga torce pro GALO, o Kiko só pode torcer pro Cruzeiro. O Kiko é aquele cretino que fica o tempo todo achando que é bonito ser feio, ato típico de cruzeirense. Só fala merda, irrita os atleticanos com sua inconveniência (pq ô bicho chato é o tal do cruzeirense, credo!) e no final das contas pergunta ''vc não vai com a minha cara??'' Aí faz aquela viadagem toda do Kiko né. Chora na parede, faz beicinho, chama a mãe e entra pra casa quieto. Logo abaixo tem a descrição da Dona Florinda e vocês verão como faz todo sentido a proteção que ela dá ao Cruzeiro.
A Dona Florinda arregaça o cara na porrada, bate sem dó, sem a mínima chance dele se defender, assim como a maioria dos juízes fodem a vida do GALO, sempre roubando descaradamente pra favorecer Rio e SP (além do time do Kiko, claro). Ela é praticamente o Carlos Eugênio Simon fêmea. Além disso, os jogadores dos outros times fazem a festa espancando, por exemplo, o Marques o jogo inteiro.
A filha do Seu Madruga chora e faz escândalo direto, mas no fim das contas chama ele de Papi lindo do meu coração e tal... A Chiquinha é para o Seu Madruga o que a torcida é para o GALO, a filha que ama incondicionalmente! A Chiquinha é a torcida do GALO em forma de gente: chora, grita, esperneia e 5 minutos depois já tá amando novamente!
A Dona Clotilde/Bruxa do 71 é como a diretoria do Atlético. Todo mundo desconfia do que acontece atrás da porta dela. A maioria tem até medo! Diz ela que é cheia de boas intenções com o Seu Madruga, o representante mor da torcida do GALO. Mas sempre, sempre, sempre, o seu cachorro Satanás dá um jeito de criar confusão. Ou seja, a diretoria não consegue fazer as coisas porque o Satanás não deixa!!! Agora tudo faz sentido... ZIZA É O SATANÁS = 13 LETRAS.
Pra finalizar: o Seu Madruga não trabalha, não faz naaada! Ou seja, um verdadeiro pipoqueiro, fica só enchendo o saco. Convenhamos, fanatismo a parte, o GALO mata a gente de raiva com a moleza e a falta de expediente. Eu estou cansada de ouvir a frase ''puta que pariu! esse time não faz naaaadaaa!''
Mas no fim das contas, mesmo com TODOS esses detalhes, não vou dizer defeitos, mas sim traços de personalidade, o Seu Madruga é uma PAIXÃÃÃO!! Ele é o pobre, fudido, mal arrumado, magrelo, desengonçado, mau humorado mas TODO MUNDO AMA assim como o GALO. Mata a gente de raiva, faz a gente gastar dinheiro pra ir ao Mineirão ver pelada, contrata bem a cada 10 anos e mesmo assim nós AMAMOOOOSSSS O GLORIOSO!!!Conclusão: o Seu Madruga é o GALO em forma de gente!
P.S.: O Chaves tbm é atleticano. Os motivos são praticamente os mesmos, todo mundo citado acima pega pesado com o coitado do Chaves. Mas o principal motivo do Chaves ser atleticano é o Kiko ser o Cruzeirense da história. Fica aquela sarna se achando o máximo só pq tem uma bola, assim como o Cruzeiro se acha o máximo com essa merda de Libertadores. Atééééée parece que sóóóóó o Kiko tem bola no mundo né... Aff!

O Roberto Drummond deve estar se revirando no túmulo de orgulho de mim neste momento!

Vidinha High Tech

Adão Iturrusgarai é rei. Mais em http://www.adao.blog.uol.com.br/ .